THERE'S NOTHING YOU CAN MAKE THAT CAN'T BE MADE.

THERE'S NOTHING YOU CAN MAKE THAT CAN'T BE MADE.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Lembrança

Me lembro de correr aos braços da criatura mais pura que já existiu na minha mente. O mesmo colo que me carregou por intermináveis nove meses, até que eu fosse capaz de vir ao mundo com o mínimo de força que se exige de um ser humano.
Ainda me fragilizava com a reação que suas palavras de conforto mantinham sobre mim, enquanto minhas lágrimas escorriam sem que eu tivesse a obrigação de lhe dar explicações.
Não era aceitável para minha consciência que eu lhe escondesse tantos pedaços parcialmente revelados da minha vida. Guardar segredos com relação à ela era de um enorme peso, e um grande erro.
Me lembro de choramingar feito uma criança que acaba de se machucar. As mãos dela me seguravam, era, de fato, o porto mais seguro que eu jamais tivera e só o fato de pensar em prosseguir sem ela, me causava amargura e descrença sobre todas as forças que conspiram positivamente a favor de qualquer um que não seja eu.
Me lembro das injustiças que a ela estendi, e o peso de não ser a filha de seus sonhos pesará ainda mais nos meus ombros se algo, futuramente, sair errado.

Não me deixe, ainda não.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Insegurança

Insegurança essa que costuma vir a todo instante que me permito refletir sozinha. A mesma incerteza que me segue, agora como uma sombra, esperando que eu renegue meus mais impuros desejos de ser feliz. Incerteza que se consome em mim, como parte que sou do que sobrou como o resto do mundo...absolutamente nada.
Ainda me perco em lembranças lamentavelmente nostalgicas, ainda desconfio das frases que já ouvi em outras circunstâncias, vindas de outras pessoas. Um dano irrevogável, que só pode deixar de se manifestar se minha força de vontade for relativamente maior. Embora, muitas vezes, pareça de extrema dificuldade chegar ao nível de sanidade ao qual me encontro nesse momento.
Sinto os gritos, as lágrimas e os mais improváveis medos, vindos do espelho que insiste em refletir essa imagem turva, que quase não suporto ver.
Me julgo fraca, medíocre, uma bela mentira que se repete em cada letra que faço questão de cuspir para me livrar dos pesos de consciência, tão dignos de mim.
Fantasio situações, onde o ego de alguém que realmente me importa possa me trair, momentos onde cada 'nós' possa morrer, assim como já esteve morto tantas outras vezes e eu humildemente o ressucitei para não sofrer as consequências.
Então me calo no mar de insegurança que me move, esperando que sua voz me salve, como já ocorreu em diversas ocasiões.

- Tente me compensar como você mencionou que faria. Eu preciso me garantir de que a sua ausência não é proposital.
Eu sei que a sua solidão me dói.

12:51.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Delírio

O medo me tomava por completa ao notar que não havia o que me impedisse de realizar o súbito desejo que me cercou por tanto tempo.
Havia uma maneira exata de lhe trazer para o mundo dos meus sonhos e fazê-lo delirar diante do impulso mais descontrolado. E me encontrava embebida em pensamentos inacabáveis, que me surtiam o efeito confuso de culpa.
Mas meu corpo latejava em puro prazer, que interpretei como a necessidade suprida de um amor capaz de me fazer definhar.
O tomava com apreensão sob minha fragilidade. A água salgada do pecado nos afogava enquanto eu me tornava ainda mais insana, lhe cobrindo no meu amor, que já não se fazia tão sublime e nobre.
Lhe riscava a pele na intenção de suportar o pouco de virtude que me restava, no momento que congelou a minha memória em questão de segundos.
Lhe confiava os mais incansáveis toques, seguidos de palavras que repercutiram por todos os lados, das paredes que fascinadas assistiam.
O mundo parou e nos trouxe de volta; só existiriamos um para o outro.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

A primeira glória

As luzes me seguiam, era eu a dona do palco e de cada frase que surtisse o mínimo de efeito. Segundos inacabáveis, segundos inalcansáveis.
O peito pulsava, as mãos tremiam, e o medo se afogava num mar de sorrisos à mim estendidos; que tomei como o gosto do mais puro dom.

Rostos familiares, seguiram-se de seus olhos à minha voz exacerbada. Ouvia risos, aplausos, numa necessidade sem igual de chorar por prazer e felicidade.
Uma flor eu fui capaz de entregar, como símbolo do meu amor, que é tão eterno quanto o seu. E numa breve ingênuidade de criança, me tornei aquilo que tanto rezei para ser.
O palco se esvaziava aos poucos, e as máscaras se perdiam no caminho da glória. Restou o pouco de uma figura, que de desespero e saudade saltou os míseros degraus e correu em direção a ele; ao sonho que agora era mais que uma realidade.

Abraçando-o com força eu pude enxergar o estrago que alimentava o meu peito, já cheio de suor e desejo. Tomando seu rosto em minhas mãos eu fui capaz de notar o quanto anciava por um beijo, pequeno que fosse.
Me estendi, eu era dele, e ele meu.

sábado, 29 de agosto de 2009

Diálogo Rotineiro

Está brava?
Eu? Não. Deveria estar?
Não sei, talvez. Está chateada?
Talvez esteja.
Só por que eu não fiz o que me pediu?
Não. Isso é questão de consideração.
Ah, por favor. Você precisa se magoar com tão pouco?
Não é isso. Apenas cansei de ser insignificante!
Insignificante?
Exatamente.
Você não é 'insignificante'. Não pra mim!
Pra você principalmente.
Para com isso! Eu é que sou insignificante pra você. Se eu ao menos fosse como seus outros amigos...
Você só faz essas comparações para que eu diga que está errado! Você quer ouvir que está errado!
Não é isso!
Você está errado!, satisfeito?
Eu não consigo!
Não consegue o que?
Ter coragem o suficiente para te escrever algo. Não sei me expressar assim.
Você só entende o que quer entender!
Você é sentimentalista demais!
Não sou. A questão é simples: Você não se importa!
Está vendo? Sentimentalista e dramática!
Não estou sendo dramática!
Há, não?
Você consegue me tirar do sério!
Vai brigar comigo, agora?
Já estou brigando! Idiota!
O que eu posso fazer?
Não faça nada. Apenas haja como um ser humano normal, não como um robô programado.
Robô programado?
É. Você parece ter um chip de recarga rápida no cérebro! (risos)
Eu? (risos)
Exatamente. Eu estou tão cansada dessa falta de atenção. Eu preciso que você me pergunte se está tudo bem.
Tenho medo de chegar perto de você quando está sozinha.
Você não tem coragem nem pra isso!
Você poderia ficar brava!
Eu já estava brava, graças a você!
Viu? Por que eu pioraria a situação?
Não quero mais discutir isso!
Nem eu. Vai me desculpar?
Não.

Guilherme Lotto, eu juro ser fiel à sua falta de senso,
amá-lo, mesmo que tenha que desrespeitá-lo, durante todas as aulas de nossa noite;
até que a faculdade nos separe...

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Medo

Eu sei que antes o medo era maior, mas mesmo que seja quase imperceptível, ainda costuma voltar com intensidade se eu penso em consequências. O gosto da boca é sem igual, e eu sinto o aroma de longe. Ainda embebida em cada palavra, eu fujo buscando o resto dos sonhos que estagnei. Mas não me permito dormir se lembro que tudo um dia tem fim, assim como esse sentimento que me preenche a alma de uma sensação que nunca senti antes.

A felicidade que era irreconhecida agora é a mais pura das essências. E eu amo, ou voltei a amar. E não se trata de um príncipe encantado de conto de fadas, e sim de um garoto comum. Comum e inconstante, do mais incorreto descaso. E lhe gosto em cada frase, cada centímetro do corpo, cada arrepio preso à flor da pele, cada intuição abusiva.
Me custa deixar os velhos desejos soltos ao acaso, mas prefiro morrer por isto mais uma vez. Me sufocar em todo o sentimento passional, seja ele qual for, e me entregar como nunca, a tudo que eu sei pertencer somente à mim.

Eu sei que antes o medo era menor, mas mesmo que seja tão óbvio, ainda costuma se diluir se me vejo refletir nos seus olhos. E me salvo em todos os instantes se te levo sabendo que não vou te perder...pelo menos, não tão cedo.


sexta-feira, 24 de julho de 2009

Sonho demodê

Gosto do som da respiração que há pouco me acostumei a ouvir. O inigualável sabor de desejo mal suprido, apreciado ou incompreendido, que se estende durante as noites quentes.
Sinto meu peito pulsando a cada toque lento das suas mãos, que entendem exatamente aquilo pelo que anceio. Me perco em puro extase, fechando os olhos para o resto do mundo ao nosso redor.
Num impulso descontrolado, calo minha anciedade com beijos desesperados, sempre lhe repuxando contra meu corpo, te querendo o mais perto possível. Desliso minhas mãos em calmos e constantes movimentos.
Sou capaz de sentir o pesar dos olhares que não sabem lidar com tal expressão da mais óbvia necessidade. E junto ao meu prazeroso sonho demodê, está o medo em novamente perder. Pertenço àquelas ilusões que pairam durante a madrugada insana, mesmo guardando o pouco de frustração que uso como arma para lhe tornar menos nobre.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Sua bela ingenuidade

Eu raramente sentia essa falta, mas meus momentos de nostalgia chegam a ser sufocantes.Lembrar da infância, da beleza de estar presa em algo que me fizesse crer que nunca te teria longe de mim.
Um sorriso tímido, calado, me seguia de tantas formas; mesmo quando eu não era capaz de sentir, por puro egoísmo.Permanecia naquele colo, fascinada pelas semelhanças de tudo o que eu amava.
Arranquei partes de mim aos poucos, e hoje te vejo caminhar como se fosse válido esquecer cada lágrima que me enxugou, enquanto eu ignorava completamente o que eu deveria ser; como deveria me focar melhor em te fazer sorrir.Trazer o mesmo bem que me era entregue com tanto gosto.
Um grito frustrado, palavras baixas, das quais eu sempre tentei lhe proteger; disso me recordo claramente.
Eu só não sabia que pra mim, você continua o mesmo ser de uma ingenuidade semi-perfeita.

- Não me programei pra postar esse texto, mas depois de ver o filme de hoje, percebi que as minhas mais puras lembranças de infância me seguem.
O fato é que talvez eu sinta uma falta ainda maior do que realmente imaginei.Aquele meu melhor amigo, meu escudeiro, meu companheiro fiel de 6ª e 7ª série...O Harry.

sábado, 27 de junho de 2009

Surtos Momentâneos

Angústia essa que às vezes me persegue. Conhecer o pouco de mim, e o resto daquilo que sobrou, ou que ainda não sei definir.
Sinto falta, admito. Mas se a falta é a morte da esperança, eu já não tenho o que lamentar.
E a nostalgia na qual me embriaguei tantas vezes quase me sufocou, e por voltar em tantos outros momentos com intensidade, deveria ser considerada um crime irrevogável.
Sinto um certo desprezo, mas isso não se estende à ninguém, e sim ao que eu penso quando resolvo lembrar de absolutamente tudo que já se moveu e se foi.
O que antes era apenas uma faixada barada de sorrisos distribuídos para afogar qualquer impressão negativa, agora é mais que pura felicidade. Alguém um dia me disse que 'bom é amar até perder a graça'; e não nego que hoje percebo o quanto isso faz sentido.
Eu vejo o que se modificou, aquilo no que eu mesma me transformei e até gosto do resultado. Talvez eu seja exatamente o que eu quis ser.
Surge então a minha velha consciência e vejo que essa angústia provém de surtos momentâneos constantemente controlados.

domingo, 21 de junho de 2009

Pura Desinocência

Eu que já fui capaz de jurar paixões repentinas, sentimentos tão passionais.
Eu que já fui criança, de uma inocência que já não se nota. Eu que já sonhei acordada, esperando por aquilo que agora me foi entregue com tanto gosto.
Questiono meu merecimento, embora eu já não saiba abrir mão. Questiono essa dependência tão rara, esse medo tão óbvio de perder tudo que me parece importar. Eu que já fui mais ajuizada, de uma fé insubstituível. Eu que já fui mocinha e vilã em histórias de minha própria autoria.
Eu que me controlo diante de cada um desses impulsos, apenas pra não ser mais um vício seu.
Eu que me pergunto constantemente 'O que você está fazendo comigo?'
Eu que tentei me enganar por horas a fio, iludida em pensar que poderia evitar um sonho tão real como esse.

'Foi pensando em me guardar, e querendo não querer;
Me dizendo pra esquecer;
Foi pensando só em mim que eu pensei só em você'

domingo, 14 de junho de 2009

Deixe-me

Como qualquer pesadelo que resurge das mais vagas lembranças. Há tempos me esqueci da sensação de dormir tranquilamente.
Seria eu, capaz de supor que da minha vontade nasceu o presente?
Sou, em tantos momentos, impulsiva; e de certo, tropeço nas palavras que mais necessito em dizer.
Insisto que já não posso esperar por minha boa vontade, não sei procurar sozinha. Como aquele escuro onde me prendí certa ocasião, agora eu desejo me libertar. Deixe-me sobreviver a mais um dia. Deixe-me incapacitada de ouvir o doce da voz de rapaz. Deixe-me ilusionar que ficaremos perdidos.
Deixe-me acreditar que sua fúria superaria a minha quando passasse pelo que passo agora.
Confio a integridade desse sentimento tão brevemente passional à você. Só isso posso fazer por nós.

Deixe-me sangrar minha antecipada dor, até que possamos manter a mesma convicção de antes. Deixe-me ter a certeza de que mais nada me impedirá de seguir com meus planos falhos.
Deixe-me descobrir por mim mesma que estou ridiculamente enganada, pois sei que de certo modo estou. Psicográfo memórias que jamais foram de minha total importância, e agora significam menos do que quando eu estava inconsciênte de que estas existiam.


E para sonhar contigo
O medo quase sempre me segue
Quando não te tenho comigo
Tudo de mim seu amor consegue


Na beleza de cada sorriso
Vejo o mundo parar
Te desejo como aquilo que preciso
Espere até o resto acabar

sábado, 6 de junho de 2009

Sentimento elétrico

Uma vida que já não é minha. É o que eu sinto, agora e a cada vez que olho as imagens turvas do passado, que se expõe em qualquer outro lugar, por pura provocação.
Gosto de estar perdida dessa maneira, e às vezes prefiro não arriscar palpites tão óbvios. O tempo me levou sentimentos que há muito apreciei, me forçou a dobrar meu orgulho e misturá-lo ao resto de lembranças vagas.
E agora cá estou, confusa na história que novamente se repete. Como era de se supor, eu já não aceito permanecer sozinha, enganando aos meus desejos subtamente controlados, fugindo do contato visual que me segue cada vez que me uno à essa ilusão momentânea.
Constantemente me motivo a esquecer sua existência, mesmo com tantas palavras jogadas ao nada. Sentimento elétrico, foi o que eu ouvi dizer.
Sente?
Tudo está vibrando agora, mais do que jamais esteve.
Dizer que sou apenas eu me soa como uma bela mentira que te torna superior a mim, e melhor que quase ninguém.


Me enche o colo de sabor
E o peito de amargura e rancor
Me liberta do pouco sentido que me resta
Agora que mais nada me interessa


Ainda sonho com o paraíso
E mentiras concretas
Ainda me falta juízo
Um tanto de virtudes pouco corretas

sábado, 30 de maio de 2009

Aqueles sonhos

Não era capaz de imaginar que meu inconsciente guardasse tantos pedaços fragmentados daquilo que, há muito se foi.
Embora soubesse que determinados momentos se mantinham por força de vontade da minha parte, nunca entendi muito bem se sonhar com a profundidade das coisas que no fundo eu admito gostar me traria aquela velha ingenuidade de volta.
Nos últimos dias acordei com um grito sufocado na garganta. Muitos de nós sofremos do tormento que um sonho pode trazer, eu sei. Esse efeito em mim tem sido mais frequente agora que as mentiras parecem ter se diluído.
Não há o que se possa fazer diante dos sonhos, por mais belos que sejam enquanto estamos de olhos fechados. Mas a simplicidade de antes me tomou e eu cansei de esconder que ainda sinto que parte da vida está por vir, vaga e incerta, como quase tudo de mim. Afinal, meus olhos nunca souberam mentir, embora nem todos sejam capazes de ter essa mesma certeza. Meu orgulho volúvel não pode mais ser sustentado.
E tenho muito à dizer, por mais que me falte convicção para expressar isso.

''Eu aprendi que pra reviver é só lembrar!''

sábado, 23 de maio de 2009

Semi-começo

Temer o futuro pode ser tão assustador quanto supor que metade dele sairá diferente do que você custou a planejar.
Nunca foi de grande importancia pra mim, afinal, mudo de planos a todo instante, minha concordancia varia de acordo com aquilo que me convém num certo momento.
Minhas mãos doem, mas dessa vez por justa causa. Estou prestes a fazer algo que talvez nem de longe me engrandeça.
Mostrar que a pressão na minha cabeça não me deixa prosseguir junto à tudo aquilo que quase esqueci.
Cansei de esperar a minha retribuição, a minha tão desejada retribuição. Então que venha a velha hipocrisia.
Me permito aquela imprecisão de opiniões tornas, melodramáticas, banais e fúteis. De fato, todos agimos por conveniência. Eu só ainda não descobri se generalizar é válido agora.
Não há como sustentar aqueles meus velhos desejos, quase mortos. Minha visão altruísta já não adianta de tudo. Não adianta de nada.
Embora eu não me permita a necessária eloquencia, me desdobro tentando buscar o rumo antigo das coisas que se estagnaram.

- ''Não te dizer o que eu penso, já é pensar em dizer''.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Let it be

Então volto a ser como fui um dia. Minha ingenuidade toma conta dos poucos conceitos que me restaram.
As vozes ainda são as mesmas, eu continuo tão encantada quanto antes.
Jamais me aprofundei na sensação de ter algo para viver. Algo que me fizesse crer.
Sua melodia me trouxe de volta, me salva todos os dias, me consome a alma de perguntas das quais nunca obterei respostas.
Então volto a fingir que vivo no mundo colorido, aquele mundo com diamantes que ainda não perdi.
Seja para revolucionar minha maneira de pensar, seja para deslizar sobre o universo, ou pedir socorro, minha necessidade de aumentar todo o meu amor é tão real quanto os campos de morango que só existiram na minha mente.
Alguma coisa me foge da garganta quando se trata do que sinto a respeito das minhas diárias lições de vida. De fato, eu estou mais apaixonada do que jamais estive. Me apaixono por mim, por eles, aqueles, que me inspiraram a retomar o que eu sentia.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Do que sou feita

Talvez um gesto mais que ousado, ou um breve impulso descontrolado.
Poetisa de manhãs frias e sentimentos congelados pelo tempo. Perdida, exorbitante, num mundo tão puro, que vivo como se tudo de mim fosse.
Posso ser real, mas prefiro me manter como uma mera ilusão.

Talvez impaciênte, inconstante a todo raro e caro minuto. Desenhista dos próprios princípios, das injúrias mal escritas, dos medos reprimidos e do calor presente em qualquer contato físico.
Da mentira, da desilusão, da paixão. Disso sou feita, admito. Ser humana pode ser bem mais difícil.

Talvez me pareça indigna enquanto me remoldo em algum espelho, que nem sempre reflete aquilo que eu gostaria.
Sigo sentidos, pistas e suposições. Minto afeições impróprias, oculto desejos absurdos. Finjo que sou quem eu queria ser.
Esqueço convenientemente obrigações diárias. Faço promessas e quase nunca as cumpro com total devoção (algo de que não me orgulho).

Sou feita do sal, da impureza de uma noite de amor. Sou feita de espinhos, de vínculos inexistentes. Papéis, cartas e sorrisos; aquilo que me traz de volta à velha felicidade. Disso é que sou feita.


Primeira postagem, do meu primero blog oficial o/
Ainda não sei qual será minha frequência nas postagens, mas duvido que seja pequena.
Por hora é só.