Não que fosse de um ego espantosamente frágil, mas havia nele algo que eu não entendia.
Era intenso, doce, leve e inquieto. E a cada palavra, se tornara um pouco mais terno e ligeiramente compreensivo.
Veio ao mundo como o único filho de uma relação instável.
Desenvolveu, ao longo dos anos, uma pequena dificuldade na fala, provida de seus traumas de infância.
Carregava nas mãos calos e sonhos, que gritava aos quatro ventos, cantando a vida como quem garante a vitória iminente.
Apaixonado pelo próprio espírito e movido por uma falsa modéstia que o tornava o que ele era para toda e qualquer aventura da madrugada: Encantador.
Os cabelos claros refletiam nele a breve imagem de criança, um garoto sem rumo, que eu jurei em segredo proteger.
Havia naquele rosto, os olhos mais verdes que já vi.
E mesmo crendo que o pecado nada mais era que um puro ato de ingenuidade, suas provocações tiravam parte do ser sublime que eu fui um dia.
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
domingo, 24 de outubro de 2010
Meramente sagaz
Encontre a lógica de todos os meus pensamentos, ou simplesmente se perca em devaneios ilusórios, usando sua criatividade apenas para fazer com que o tempo passe mais devagar.
Encontre a inspiração dos meus sentidos, ou me faça crer que meu desejo é meramente sagaz. Junte meu medo de altura à sua vontade de voar.
Encontre uma justificativa para me desmartirizar, e um breve motivo para me marcar. Me conte todas as mentiras que eu já sei que vai dizer.
E diga a ele que essa noite, quem me leva pra casa é você.
Encontre a inspiração dos meus sentidos, ou me faça crer que meu desejo é meramente sagaz. Junte meu medo de altura à sua vontade de voar.
Encontre uma justificativa para me desmartirizar, e um breve motivo para me marcar. Me conte todas as mentiras que eu já sei que vai dizer.
E diga a ele que essa noite, quem me leva pra casa é você.
domingo, 15 de agosto de 2010
Lucidez
Me mantive calma e ligeiramente fiel às minhas próprias vontades. Parte significativa do que eu sou, sabia que nada do que eu quisesse erroneamente transparecer duraria por muito tempo.
Estive apaixonada por meras horas, durante algumas noites, agindo como se todo o resto de cada situação fosse apenas derivado daquilo que eu desejasse momentaneamente.
Enfim, cheguei ao meu estágio de lucidez, novamente. Enfim notei que por não sentir mais tanto a sua falta, comecei apenas a sentir falta de mim mesma, como antes. Antes de acreditar que pecado era uma simples palavra e que subestimaria minha coragem, ao agir inúmeras vezes de modo impensado.
Me mantive inquieta, e agora permaneço constante, sem um novo desejo pra suprir, ou lábios alcoolizados para calar. E parte das mais nobres lembranças está presa em mim, nas minhas veias, na minha pura nostalgia; ou apenas tatuadas no meu pescoço.
Talvez esse seja o meu estado emocional temporário, ou talvez eu descubra que estou realmente muito mais presa à tudo isso como jamais imaginei que estaria.
É sempre amor, mesmo que acabe
Com ele aonde quer que esteja
É sempre amor, mesmo que mude
É sempre amor, mesmo que alguém esqueça o que passou
Estive apaixonada por meras horas, durante algumas noites, agindo como se todo o resto de cada situação fosse apenas derivado daquilo que eu desejasse momentaneamente.
Enfim, cheguei ao meu estágio de lucidez, novamente. Enfim notei que por não sentir mais tanto a sua falta, comecei apenas a sentir falta de mim mesma, como antes. Antes de acreditar que pecado era uma simples palavra e que subestimaria minha coragem, ao agir inúmeras vezes de modo impensado.
Me mantive inquieta, e agora permaneço constante, sem um novo desejo pra suprir, ou lábios alcoolizados para calar. E parte das mais nobres lembranças está presa em mim, nas minhas veias, na minha pura nostalgia; ou apenas tatuadas no meu pescoço.
Talvez esse seja o meu estado emocional temporário, ou talvez eu descubra que estou realmente muito mais presa à tudo isso como jamais imaginei que estaria.
É sempre amor, mesmo que acabe
Com ele aonde quer que esteja
É sempre amor, mesmo que mude
É sempre amor, mesmo que alguém esqueça o que passou
sábado, 7 de agosto de 2010
Vai, e volta
Mais de uma vez eu procurei a resposta para qualquer indício desse amor confuso, e de certo, desconfiei de mais da metade das suas justificativas.
Passando por tantos outros momentos, e tantos outros sentimentos, com a consciência de que no fundo você já sabia que eu sempre voltaria pra você.
E fui pesando cada parte de mim que se escondeu, enquanto sufocava a minha própria vontade, e negava qualquer referência ao que fomos um dia.
O que mais me espanta é o fato de ouvir meia dúzia de palavras confusas durante a madrugada insana e me permitir estar à mercê da sua vontade mais uma vez, como em tantas outras. E saber que seu ego é totalmente imune aos meus sorrisos e às minhas tentativas falhas de não nos perder novamente.
Me frustro, mas já não lamento.
'Se realmente não sou um dos seus joguinhos, por favor, não me torne inconscientemente parte de um deles.'
Passando por tantos outros momentos, e tantos outros sentimentos, com a consciência de que no fundo você já sabia que eu sempre voltaria pra você.
E fui pesando cada parte de mim que se escondeu, enquanto sufocava a minha própria vontade, e negava qualquer referência ao que fomos um dia.
O que mais me espanta é o fato de ouvir meia dúzia de palavras confusas durante a madrugada insana e me permitir estar à mercê da sua vontade mais uma vez, como em tantas outras. E saber que seu ego é totalmente imune aos meus sorrisos e às minhas tentativas falhas de não nos perder novamente.
Me frustro, mas já não lamento.
'Se realmente não sou um dos seus joguinhos, por favor, não me torne inconscientemente parte de um deles.'
segunda-feira, 12 de julho de 2010
O ato dos sublimes desejos
Um sorriso que já havia sido visto antes em algum outro lugar, em tempos remotos e distantes, que agora seriam parte de uma lembrança comum e bela.
Notou-a ao longe e corou o rosto em meio a tantos outros desconhecidos.
Ao longo de palavras curiosas e um tanto banais, os risos se mantinham, ao mesmo tempo em que inúmeras perguntas lhes preenchiam a mente.
O crime maior seria negar um desejo oculto e levemente esquecido, ou supri-lo da forma mais inconseqüente possível?
A troca de olhares intrigados e dispersos não os deixaria lamentar qualquer ação chamada indevida ou impensada. As palavras se engasgavam ao meio de tantas outras que deveriam ser ditas com pouco menos de convicção.
A mudança de ambiente os ajudaria a compreender melhor o que todas aquelas palpitações em ambos os peitos significava.
Longe de olhos curiosos, fez-se o ato dos sublimes desejos; onde ele dizia sentir-se como criança ao seu lado, e lhe correu o rosto com os lábios, até chegar em sua boca o gosto de tanto tempo atrás.
Finalmente haveria alguém que pudesse fazê-la parar de se repreender, enquanto não soubesse mais pensar em romances anteriores.
Os braços lhe repuxavam com tal força capaz de desmanchar o medo e a dúvida presentes em seus pensamentos confusos. Mordia-lhe o lábio, lhe beijava o rosto, e lhe segurava a cintura, com as mãos num movimento que descia até as costas; com aqueles longos e castanhos cabelos jogados em seus ombros.
Tocava-lhe a ponta do queixo e as maças do rosto, dizendo sorrindo o quão bela ela podia ser.
Supria-se a nostalgia misturada ao novo momento que se fazia, enquanto os vidros do carro se embaçavam em meio ao breu da noite.
Notou-a ao longe e corou o rosto em meio a tantos outros desconhecidos.
Ao longo de palavras curiosas e um tanto banais, os risos se mantinham, ao mesmo tempo em que inúmeras perguntas lhes preenchiam a mente.
O crime maior seria negar um desejo oculto e levemente esquecido, ou supri-lo da forma mais inconseqüente possível?
A troca de olhares intrigados e dispersos não os deixaria lamentar qualquer ação chamada indevida ou impensada. As palavras se engasgavam ao meio de tantas outras que deveriam ser ditas com pouco menos de convicção.
A mudança de ambiente os ajudaria a compreender melhor o que todas aquelas palpitações em ambos os peitos significava.
Longe de olhos curiosos, fez-se o ato dos sublimes desejos; onde ele dizia sentir-se como criança ao seu lado, e lhe correu o rosto com os lábios, até chegar em sua boca o gosto de tanto tempo atrás.
Finalmente haveria alguém que pudesse fazê-la parar de se repreender, enquanto não soubesse mais pensar em romances anteriores.
Os braços lhe repuxavam com tal força capaz de desmanchar o medo e a dúvida presentes em seus pensamentos confusos. Mordia-lhe o lábio, lhe beijava o rosto, e lhe segurava a cintura, com as mãos num movimento que descia até as costas; com aqueles longos e castanhos cabelos jogados em seus ombros.
Tocava-lhe a ponta do queixo e as maças do rosto, dizendo sorrindo o quão bela ela podia ser.
Supria-se a nostalgia misturada ao novo momento que se fazia, enquanto os vidros do carro se embaçavam em meio ao breu da noite.
domingo, 4 de julho de 2010
Boys don't cry
Notava-se o estranho pesar de um silêncio, que não seria quebrado por qualquer palavra que fosse.
As mesmas mãos tentavam tocá-la, e sem sucesso, mantinham o alto-controle por respeito próprio.
Ao acrescentar minutos aos ponteiros do relógio, notava-se o quão inútil seria discutir a dúvida, e a incerteza, presos num sonho que acabara ali.
Ela o fitou, calada; ao mesmo tempo em que o olhar dele era como o de alguém que tivera o peito pesado, numa estranha e ligeira agonia.
Inevitável e de certo, imprevisível, eram as lágrimas que escorriam daquele rosto, aparentemente sem fragilidade alguma.
Ele lhe sentia a vergonha, e a passageira sensação de perda; de algo que talvez pudesse valer a pena.
As palavras se misturavam ao resto de tantas outras que haviam sido ditas, anteriormente.
Num movimento involuntário, ele lhe acomodava ao peito, e lhe trazia junto ao próprio rosto, na intenção de senti-la pelo pouco que fosse, mais uma vez.
E mesmo após relutar, ela lhe aceitou de bom grado, retribuindo nos mesmos laços.
E foi quando a voz de menina passou a lhe cantar ao pé do ouvido:
''Something in the way she moves, attracts me like no other lover…
Something in the way she woos me. I don't want to leave her now,
You know I believe and how (…)
You're asking me, will my love grow?
I don't know, I don't know''
Enquanto ouvia o fim da melodia, ele deixava escapar lágrimas que se tornavam incapazes de se controlar; segurando-a com cada vez mais força nos braços.
E ambos não sabiam mais explicar se aquele era realmente o fim de um sentimento, ou o começo de outro.
Ela se despediu, sem inchar os olhos e nem ao menos molhar o rosto; enquanto ele tentara se recompor, passando as abas da blusa de lã por suas feições, já esgotadas.
Num sublime gesto, ela lhe beijou a testa, sorriu e lhe deu um breve adeus.
Ele, já exausto, agachara-se no chão da calçada, fitando-a até que lhe perdesse totalmente de vista.
Ela, por sua vez, olhou para traz um último momento, e seguiu.
As mesmas mãos tentavam tocá-la, e sem sucesso, mantinham o alto-controle por respeito próprio.
Ao acrescentar minutos aos ponteiros do relógio, notava-se o quão inútil seria discutir a dúvida, e a incerteza, presos num sonho que acabara ali.
Ela o fitou, calada; ao mesmo tempo em que o olhar dele era como o de alguém que tivera o peito pesado, numa estranha e ligeira agonia.
Inevitável e de certo, imprevisível, eram as lágrimas que escorriam daquele rosto, aparentemente sem fragilidade alguma.
Ele lhe sentia a vergonha, e a passageira sensação de perda; de algo que talvez pudesse valer a pena.
As palavras se misturavam ao resto de tantas outras que haviam sido ditas, anteriormente.
Num movimento involuntário, ele lhe acomodava ao peito, e lhe trazia junto ao próprio rosto, na intenção de senti-la pelo pouco que fosse, mais uma vez.
E mesmo após relutar, ela lhe aceitou de bom grado, retribuindo nos mesmos laços.
E foi quando a voz de menina passou a lhe cantar ao pé do ouvido:
''Something in the way she moves, attracts me like no other lover…
Something in the way she woos me. I don't want to leave her now,
You know I believe and how (…)
You're asking me, will my love grow?
I don't know, I don't know''
Enquanto ouvia o fim da melodia, ele deixava escapar lágrimas que se tornavam incapazes de se controlar; segurando-a com cada vez mais força nos braços.
E ambos não sabiam mais explicar se aquele era realmente o fim de um sentimento, ou o começo de outro.
Ela se despediu, sem inchar os olhos e nem ao menos molhar o rosto; enquanto ele tentara se recompor, passando as abas da blusa de lã por suas feições, já esgotadas.
Num sublime gesto, ela lhe beijou a testa, sorriu e lhe deu um breve adeus.
Ele, já exausto, agachara-se no chão da calçada, fitando-a até que lhe perdesse totalmente de vista.
Ela, por sua vez, olhou para traz um último momento, e seguiu.
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Faz parte do meu show
Senti a vontade que existiu apenas em alguns momentos, em toda a minha breve vida medíocre.
A estranha vontade em desaparecer por tempo indeterminado. A necessidade em me afastar de todo o universo que conspira contra as minhas ilusões de pequenas proporções.
O desejo em proteger o lado sublime dos meus sentimentos de qualquer que seja o perigo neles imposto.
- Vem comigo.
- Pra onde?
- Pra qualquer lugar que nos deixe longe de tudo. Não quero mais viver aqui.
- Por que?
- Porque me sinto desprotegida, assustada. Sempre há um medo em mim, que me sufoca e eu não quero mais sentir isso.
- Não precisa sentir, você sabe. Eu te protejo, estou aqui com você, agora.
- E o dia em que você não estiver?
- Sempre vou estar.
- Como você sabe? Como sabe que sou a garota da sua vida?
- Porque eu já te disse isso tantas vezes que perdi a conta. Se não fosse você, não seria mais ninguém...
- Sempre vai me perdoar por duvidar de você?
- Quero que não duvide mais.
A vontade em fugir passa, logo que descubro que o nosso mundo já é grande o suficiente para comportar o que sentimos e condizer com o que fazemos.
A estranha vontade em desaparecer por tempo indeterminado. A necessidade em me afastar de todo o universo que conspira contra as minhas ilusões de pequenas proporções.
O desejo em proteger o lado sublime dos meus sentimentos de qualquer que seja o perigo neles imposto.
- Vem comigo.
- Pra onde?
- Pra qualquer lugar que nos deixe longe de tudo. Não quero mais viver aqui.
- Por que?
- Porque me sinto desprotegida, assustada. Sempre há um medo em mim, que me sufoca e eu não quero mais sentir isso.
- Não precisa sentir, você sabe. Eu te protejo, estou aqui com você, agora.
- E o dia em que você não estiver?
- Sempre vou estar.
- Como você sabe? Como sabe que sou a garota da sua vida?
- Porque eu já te disse isso tantas vezes que perdi a conta. Se não fosse você, não seria mais ninguém...
- Sempre vai me perdoar por duvidar de você?
- Quero que não duvide mais.
A vontade em fugir passa, logo que descubro que o nosso mundo já é grande o suficiente para comportar o que sentimos e condizer com o que fazemos.
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Inquietação
Me enrolo em palavras confusas que nenhum de nós dois entende, e procuro a convicção que há pouco fui capaz de perder.
Permaneço assustada, como alguém sem segurança nenhuma nas mãos, e sem força para esconder lágrimas de puro e justificado medo.
Me descuido com o óbvio e manifesto minha estupidez, como se culpasse a qualquer outro por erros não tão distantes do presente.
Me refujo no que foi dito anteriormente, como se apenas frases bonitas fossem dignas de arrancar toda a minha impaciência e a desilusão que me fez não conseguir planejar o futuro à longo prazo.
Me prendo nos sonhos inconscientes que me seguem, para aliviar o peso que a realidade me traz em certos momentos.
Me anextesio com imagens que me fizeram ser capaz de enxergar a calma, por mais longe que ela estivesse após isso. E o seu sorriso me fere, e me encanta, ainda.
Me liberto de tudo o que eu senti, da consequência do que você quis viver; e minha reação me remete rapidamente uma sensação de tranquilidade, que eu quase nunca consigo alcançar.
Me perco em melodias e busco nos seus olhos o significado para as palavras que ouço. Permaneço vidrada e você me nota, sem entender a minha fixação; que só se inquieta quando seus dedos tocam minha pele, de leve.
Shiu, faz silêncio, ninguém precisa escutar.
Permaneço assustada, como alguém sem segurança nenhuma nas mãos, e sem força para esconder lágrimas de puro e justificado medo.
Me descuido com o óbvio e manifesto minha estupidez, como se culpasse a qualquer outro por erros não tão distantes do presente.
Me refujo no que foi dito anteriormente, como se apenas frases bonitas fossem dignas de arrancar toda a minha impaciência e a desilusão que me fez não conseguir planejar o futuro à longo prazo.
Me prendo nos sonhos inconscientes que me seguem, para aliviar o peso que a realidade me traz em certos momentos.
Me anextesio com imagens que me fizeram ser capaz de enxergar a calma, por mais longe que ela estivesse após isso. E o seu sorriso me fere, e me encanta, ainda.
Me liberto de tudo o que eu senti, da consequência do que você quis viver; e minha reação me remete rapidamente uma sensação de tranquilidade, que eu quase nunca consigo alcançar.
Me perco em melodias e busco nos seus olhos o significado para as palavras que ouço. Permaneço vidrada e você me nota, sem entender a minha fixação; que só se inquieta quando seus dedos tocam minha pele, de leve.
Shiu, faz silêncio, ninguém precisa escutar.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Nova concepção
Às vezes não sabemos realmente qual é a direção correta para caminharmos. Eu entendo que essa dúvida quase sempre me persiga. Mas talvez valha mais a pena voltar aos primeiros passos, antes que haja um caminho sem volta; antes de nos perdermos completamente.
Às vezes é preciso esconder qualquer sentimento frustrado ou ferido e prosseguir, se a garantia maior é a de estarmos protegidos. E ouso dizer que essa proteção se deriva do nosso próprio senso daquilo que pode nos devolver a felicidade que já havia sido constante.
Talvez eu ainda não saiba perdoar quem um dia roubou um sonho meu. Talvez eu não esteja pronta para manifestar meu bem-querer por qualquer leigo que venha à me dizer que a consideração por uma história não pode ser mudada.
E mesmo com os dias que passaram, agora eu sinto meu velho luto desaparecer, e o desejo se retomar com força igual, ou maior.
Às vezes é preciso apenas deixarmos um breve passado pra traz.
A verdade é que detesto pensar tanto assim em nós e fingir que consigo conviver com uma ausência breve, que não se sustenta. Detesto tentar provar a mim mesma que sou tão forte ao ponto de não passar minutos olhando imagens do seu sorriso ao meu lado.
Às vezes o lamento maior é me impor uma razão que nunca existiu, uma coerência absurda, sabendo que sequer sou capaz de responder perguntas óbvias.
A verdade é que detesto saber que minha fraqueza é tamanha, que deixo minhas prioridades só para tê-lo na lembrança. Sentir que você não imagina o quão ainda acredito em cada palavra sua.
Às vezes tudo não passa de uma questão de tempo, e isso bem se prova com cada momento que dividimos atualmente.
Às vezes é preciso esconder qualquer sentimento frustrado ou ferido e prosseguir, se a garantia maior é a de estarmos protegidos. E ouso dizer que essa proteção se deriva do nosso próprio senso daquilo que pode nos devolver a felicidade que já havia sido constante.
Talvez eu ainda não saiba perdoar quem um dia roubou um sonho meu. Talvez eu não esteja pronta para manifestar meu bem-querer por qualquer leigo que venha à me dizer que a consideração por uma história não pode ser mudada.
E mesmo com os dias que passaram, agora eu sinto meu velho luto desaparecer, e o desejo se retomar com força igual, ou maior.
Às vezes é preciso apenas deixarmos um breve passado pra traz.
A verdade é que detesto pensar tanto assim em nós e fingir que consigo conviver com uma ausência breve, que não se sustenta. Detesto tentar provar a mim mesma que sou tão forte ao ponto de não passar minutos olhando imagens do seu sorriso ao meu lado.
Às vezes o lamento maior é me impor uma razão que nunca existiu, uma coerência absurda, sabendo que sequer sou capaz de responder perguntas óbvias.
A verdade é que detesto saber que minha fraqueza é tamanha, que deixo minhas prioridades só para tê-lo na lembrança. Sentir que você não imagina o quão ainda acredito em cada palavra sua.
Às vezes tudo não passa de uma questão de tempo, e isso bem se prova com cada momento que dividimos atualmente.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Apatia
Não digo que ainda seja exatamente como antes, pois, afinal, eu ainda prefiro as coisas como ficaram desde as últimas horas em contato direto.
Eu não finjo e já não sei fugir, e isso, de certa maneira, me impressiona.
Às vezes passo minutos intermináveis perguntando à mim mesma sobre quem será a próxima pessoa a surgir na minha vida. Não nego que de fato, eu gostaria que algo improvável e
inusitado ocorresse, como nos tantos filmes que assistí há tempos atrás.
Eu sei o que ainda sinto, mas não sei medir ao certo a porcentagem desse sentimento.
Ouso mencionar até mesmo a palavra ''chato'', por não ser mais tão encantador como
de início, e me fazer enxergar que talvez a situação dependa muito mais das minhas emoções daqui pra frente.
Não sei se faço a mesma questão em ser contrariada, e nem mesmo deixar que uma
pessoa, até então fascinante, me desiluda e mude meu ponto de vista.
Não me permito mais mergulhar nas minhas velhas concepções, e extrair delas o máximo de convicção possível.
O que há nesse momento é a minha necessidade em viver por mim, e nada mais. Pois a cada vez em que ouço palavras doces, que trazem à tona o desejo anterior,
essas mesmas são quebradas inconscientemente pela falta de esforço que esse
romantismo semi-morto me transparece.
É então que me lembro que já senti algo assim por mais de uma vez. Apatia.
He wants it easy; he want it relaxed
Said I can do a lot of things, but I can't do that
Two steps foward, then three steps back
...All right.
(...) the end has no end.
Eu não finjo e já não sei fugir, e isso, de certa maneira, me impressiona.
Às vezes passo minutos intermináveis perguntando à mim mesma sobre quem será a próxima pessoa a surgir na minha vida. Não nego que de fato, eu gostaria que algo improvável e
inusitado ocorresse, como nos tantos filmes que assistí há tempos atrás.
Eu sei o que ainda sinto, mas não sei medir ao certo a porcentagem desse sentimento.
Ouso mencionar até mesmo a palavra ''chato'', por não ser mais tão encantador como
de início, e me fazer enxergar que talvez a situação dependa muito mais das minhas emoções daqui pra frente.
Não sei se faço a mesma questão em ser contrariada, e nem mesmo deixar que uma
pessoa, até então fascinante, me desiluda e mude meu ponto de vista.
Não me permito mais mergulhar nas minhas velhas concepções, e extrair delas o máximo de convicção possível.
O que há nesse momento é a minha necessidade em viver por mim, e nada mais. Pois a cada vez em que ouço palavras doces, que trazem à tona o desejo anterior,
essas mesmas são quebradas inconscientemente pela falta de esforço que esse
romantismo semi-morto me transparece.
É então que me lembro que já senti algo assim por mais de uma vez. Apatia.
He wants it easy; he want it relaxed
Said I can do a lot of things, but I can't do that
Two steps foward, then three steps back
...All right.
(...) the end has no end.
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Em coma
O grande problema em sonhar, é que muitas vezes, os sonhos exprimem nossos desejos inconscientes, e acabam por nos fazer pensar que tudo é, ou continuirá a ser como há tempos onde dúvida alguma existia.
Os sonhos nos forçam a reviver o que fomos, e aquilo que ainda somos, e nos permitem medir situações onde a questão existencial é ''Por quê?''.
Mas toda essa crueldade inconsciente que criamos visando o que se passou, só nos serve de auto-tortura para nostalgias.
E o mal maior é acordar, como se o corpo estivesse em coma, e não saber destinguir o que seria a realidade ou a ilusão. Então, supõe-se que o ideal seria passar pelo processo de auto-congelamento, onde talvez, estivesse uma oportunidade de realizar suas maiores vontades, e ainda assim permanecer ileso à qualquer espécie de sofrimento ou perda.
Mas, de qualquer maneira, poderia existir a chance de que esse procedimento passasse por um defeito, e criasse um dado incorrígível na sua mente.
Assim acontece em 'Vanilla Sky', e da mesma forma nessa nossa tão breve realidade.
Mas, como David, eu escolhi enfrentar meu maior medo, cair e acordar do sonho mais bonito e confuso que já tive.
E você? o que escolheria?
''e eu vou encontrá-lo em outra vida, quando nós dois formos gatos.''
Os sonhos nos forçam a reviver o que fomos, e aquilo que ainda somos, e nos permitem medir situações onde a questão existencial é ''Por quê?''.
Mas toda essa crueldade inconsciente que criamos visando o que se passou, só nos serve de auto-tortura para nostalgias.
E o mal maior é acordar, como se o corpo estivesse em coma, e não saber destinguir o que seria a realidade ou a ilusão. Então, supõe-se que o ideal seria passar pelo processo de auto-congelamento, onde talvez, estivesse uma oportunidade de realizar suas maiores vontades, e ainda assim permanecer ileso à qualquer espécie de sofrimento ou perda.
Mas, de qualquer maneira, poderia existir a chance de que esse procedimento passasse por um defeito, e criasse um dado incorrígível na sua mente.
Assim acontece em 'Vanilla Sky', e da mesma forma nessa nossa tão breve realidade.
Mas, como David, eu escolhi enfrentar meu maior medo, cair e acordar do sonho mais bonito e confuso que já tive.
E você? o que escolheria?
''e eu vou encontrá-lo em outra vida, quando nós dois formos gatos.''
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Traduza-me
- Tem algo errado.
- Como você sabe?
- Conheço sua carinha, e não é essa.
- Pode ser.
- Quer me contar? eu imagino o que seja...
(...)
- Sabe, na minha opinião, tudo na vida tem seus dois lados...ou é apenas uma fase, ou realmente não é pra ser.
- É exatamente esse o meu medo.
- Mas você não precisa ter medo, você só começou a viver.
- Difícil é lidar com o que eu sinto!
- Eu sei, mas isso é você quem tem que medir. Analisa se você está mesmo pronta pra isso...
- Obrigada, mesmo. Eu precisava falar com alguém sobre isso.
- Que nada, eu sei o que você está sentindo.
- Só mais uma coisa...Como você sabia que tinha algo errado comigo?
- Ví no seu rosto. Normalmente você é boba como eu! haha.
Nem tudo o que acontece na vida é por acaso, e algumas pessoas acabam nos provando essa teoria.
Incrível é a capacidade que alguém tem de nos traduzir pelo modo de olhar, como eu fui traduzida.
- Como você sabe?
- Conheço sua carinha, e não é essa.
- Pode ser.
- Quer me contar? eu imagino o que seja...
(...)
- Sabe, na minha opinião, tudo na vida tem seus dois lados...ou é apenas uma fase, ou realmente não é pra ser.
- É exatamente esse o meu medo.
- Mas você não precisa ter medo, você só começou a viver.
- Difícil é lidar com o que eu sinto!
- Eu sei, mas isso é você quem tem que medir. Analisa se você está mesmo pronta pra isso...
- Obrigada, mesmo. Eu precisava falar com alguém sobre isso.
- Que nada, eu sei o que você está sentindo.
- Só mais uma coisa...Como você sabia que tinha algo errado comigo?
- Ví no seu rosto. Normalmente você é boba como eu! haha.
Nem tudo o que acontece na vida é por acaso, e algumas pessoas acabam nos provando essa teoria.
Incrível é a capacidade que alguém tem de nos traduzir pelo modo de olhar, como eu fui traduzida.
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Costume
Eu costumava ser um pouco mais pessimísta, quando notava que nem tudo era exatamente o que eu gostaria que fosse.
Eu costumava me entender melhor, quando media as minhas vontades e as transformava em determinadas prioridades.
Mas a verdade é que agora, nesse instante, eu me sinto perdida. Uma sobra de tudo aquilo que eu quis me tornar, uma prioridade à menos para o restante do mundo,
que não se importou em guardar um lugar só pra mim.
Eu sei, eu realmente almejo ser mais, apenas não sei em que proporção posso alcançar isso.
Seria mera hipocrisia negar que sinto uma falta excessiva de quando eu era capaz de sentir o que seria exatamente, mesmo quando ainda não tinha certeza de nada.
Antes, talvez, tudo pudesse parecer mais sincero do que é agora, e isso me fere demasiadamente. Eu não consigo enxergar a realidade, breve como sempre havia sido, porque sempre medí as coisas maiores do que eram de fato.
Eu quero me sentir como me sentia no momento em que tudo começou a fazer sentido na minha cabeça, nos meus pensamentos.
Eu quero saber que ainda existe um lugar que nada, nem ninguém pode me arrancar.
Eu costumava ser um pouco mais otimista...
Eu costumava me entender melhor, quando media as minhas vontades e as transformava em determinadas prioridades.
Mas a verdade é que agora, nesse instante, eu me sinto perdida. Uma sobra de tudo aquilo que eu quis me tornar, uma prioridade à menos para o restante do mundo,
que não se importou em guardar um lugar só pra mim.
Eu sei, eu realmente almejo ser mais, apenas não sei em que proporção posso alcançar isso.
Seria mera hipocrisia negar que sinto uma falta excessiva de quando eu era capaz de sentir o que seria exatamente, mesmo quando ainda não tinha certeza de nada.
Antes, talvez, tudo pudesse parecer mais sincero do que é agora, e isso me fere demasiadamente. Eu não consigo enxergar a realidade, breve como sempre havia sido, porque sempre medí as coisas maiores do que eram de fato.
Eu quero me sentir como me sentia no momento em que tudo começou a fazer sentido na minha cabeça, nos meus pensamentos.
Eu quero saber que ainda existe um lugar que nada, nem ninguém pode me arrancar.
Eu costumava ser um pouco mais otimista...
terça-feira, 30 de março de 2010
Relativamente estranho
Estranho é colocar as minhas ideias em seus respectivos lugares, como parte daquilo que de certo, devo guardar comigo.
Não nego que parte de tudo o que penso se deriva de uma imensa falta de fé no que faço, e em grande parte do que acredito.
Eu sou guiada pela verdade, uma verdade que me sugere coerência em cada mínimo detalhe, e a base de conceitos que fogem ou me perseguem irregularmente.
Ouço músicas e filosofias puras de vidas que me pedem que pare de procurar a resposta, que pare de buscar alcançar em mim um ''eu'' que não existe; e que, acima de tudo, pare de uma vez de colocar minha felicidade e satisfação na mão de terceiros.
Sem dúvida alguma, eu sou absurdamente independente conceitual e moralmente, mas ainda não aprendi a lidar com a independência física e emocional. Eu ainda não viví tudo o que eu realmente gostaria, pois, afinal, estou me prendendo a uma rotina que me sufoca e me cega.
De fato, nunca fui algo manipulado com facilidade, e isso nem sempre é positivo. Em alguns momentos seria mais conveniente que eu deixasse que os demais pensassem por mim, influenciando em cada ação e pensamento.
Estranho é assumir inconscientemente uma posição tão frágil, como se os meus dias se limitassem a ligações, e retrospectivas sobre a inutilidade com a qual lidou atualmente. Eu deveria ser bem mais que isso, e talvez eu até seja, mas ainda não descobri.
Não nego que parte de tudo o que penso se deriva de uma imensa falta de fé no que faço, e em grande parte do que acredito.
Eu sou guiada pela verdade, uma verdade que me sugere coerência em cada mínimo detalhe, e a base de conceitos que fogem ou me perseguem irregularmente.
Ouço músicas e filosofias puras de vidas que me pedem que pare de procurar a resposta, que pare de buscar alcançar em mim um ''eu'' que não existe; e que, acima de tudo, pare de uma vez de colocar minha felicidade e satisfação na mão de terceiros.
Sem dúvida alguma, eu sou absurdamente independente conceitual e moralmente, mas ainda não aprendi a lidar com a independência física e emocional. Eu ainda não viví tudo o que eu realmente gostaria, pois, afinal, estou me prendendo a uma rotina que me sufoca e me cega.
De fato, nunca fui algo manipulado com facilidade, e isso nem sempre é positivo. Em alguns momentos seria mais conveniente que eu deixasse que os demais pensassem por mim, influenciando em cada ação e pensamento.
Estranho é assumir inconscientemente uma posição tão frágil, como se os meus dias se limitassem a ligações, e retrospectivas sobre a inutilidade com a qual lidou atualmente. Eu deveria ser bem mais que isso, e talvez eu até seja, mas ainda não descobri.
domingo, 21 de março de 2010
Sobre nós dois
- Sinto falta de ouvir minha canção, aquela que você compôs pra mim!
- Quer que eu cante?
- Por favor!
- Prefiro apenas acompanhar com meu violão.
- E que graça tem?
- Não sou bom cantor!
- Sei que você detesta sua voz, mas te acho tão bonito quando canta!
- Eu poderia fazer algo melhor pra você; essa canção é tão simples...
- Gosto da simplicidade dela, parece uma declaração de um garoto que pensou muito em mim pra escrevê-la!
- Sempre penso muito em você, sabe disso.
- Esqueça a canção, poderá tocá-la depois que acordarmos. Vem, deita aqui no meu peito que eu vou te fazer carinho até que durma.
- Não vou dormir, não consigo; pelo menos, não perto de você. É desperdício adormecer ao seu lado. Prefiro aproveitar os minutos que ainda tenho contigo.
- Prefiro nunca mais ir embora!
- Prefiro que você nunca mais vá...
- Quer que eu cante?
- Por favor!
- Prefiro apenas acompanhar com meu violão.
- E que graça tem?
- Não sou bom cantor!
- Sei que você detesta sua voz, mas te acho tão bonito quando canta!
- Eu poderia fazer algo melhor pra você; essa canção é tão simples...
- Gosto da simplicidade dela, parece uma declaração de um garoto que pensou muito em mim pra escrevê-la!
- Sempre penso muito em você, sabe disso.
- Esqueça a canção, poderá tocá-la depois que acordarmos. Vem, deita aqui no meu peito que eu vou te fazer carinho até que durma.
- Não vou dormir, não consigo; pelo menos, não perto de você. É desperdício adormecer ao seu lado. Prefiro aproveitar os minutos que ainda tenho contigo.
- Prefiro nunca mais ir embora!
- Prefiro que você nunca mais vá...
quinta-feira, 4 de março de 2010
Troca
Talvez tenha apenas trocado o correto pelo mais fácil, e o coerente pelo viável. Troquei o doce pelo amargo, e o certo pelo duvidoso.
Troquei metade da segurança por parte do medo, e o aceitável pelo óbvio. Troquei o moralismo pela conveniência e, até mesmo a ideologia pelo sonho.
Troquei a verdade pela falta de senso, e os mais variados conceitos pelos poucos descasos. Troquei o riso pelo choro, e o choro por frustração.
Troquei meu gosto pela dor por gosto à arte. Troquei olhares com um estranho na rua, que retribuiu com desapreço. Troquei histórias de vida com quem sabe muito mais que eu.
Troquei ciúme por força nos punhos. Troquei razão por desejo.
Troquei carinho por desprezo, e desprezo por respeito. Troquei meu suor com os lençóis da cama que não era minha.
Troquei gozo por sono, e o sono por poesia. Troquei a estação que sintonizava minha mente, e a falta de juízo pelo alcoól.
Troquei a ilusão distante pela realidade breve.
Troquei o meu ''eu'' de antes pelo ''eu'' atual, e isso me trouxe efeitos colaterais.
Troquei metade da segurança por parte do medo, e o aceitável pelo óbvio. Troquei o moralismo pela conveniência e, até mesmo a ideologia pelo sonho.
Troquei a verdade pela falta de senso, e os mais variados conceitos pelos poucos descasos. Troquei o riso pelo choro, e o choro por frustração.
Troquei meu gosto pela dor por gosto à arte. Troquei olhares com um estranho na rua, que retribuiu com desapreço. Troquei histórias de vida com quem sabe muito mais que eu.
Troquei ciúme por força nos punhos. Troquei razão por desejo.
Troquei carinho por desprezo, e desprezo por respeito. Troquei meu suor com os lençóis da cama que não era minha.
Troquei gozo por sono, e o sono por poesia. Troquei a estação que sintonizava minha mente, e a falta de juízo pelo alcoól.
Troquei a ilusão distante pela realidade breve.
Troquei o meu ''eu'' de antes pelo ''eu'' atual, e isso me trouxe efeitos colaterais.
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Impulso
''Num breve impulso seguido de lágrimas, a frustração é incapaz de conter a necessidade de julgar e ferir.
- eu te odeio! eu te odeio! - Repete ela, gritando compulsivamente enquanto leva a
força de seu corpo aos próprios pés, que batem nas canelas dele feito pedaços de aço.
Olhares estranhos se confundem ao porque de tal ação agressiva. Olha com indiferença, enquanto ela simplesmente lhe dá as costas e apressa os passos.
- Não te entendo! Ficou louca? - Os olhos dele nunca haviam sido tão claros e condizentem com suas palavras. Palavras essas de quem está prestes a perder algo de pouco valor.
- Talvez esteja! Você é o culpado! - Ela se vira mais uma vez e foge da própria vergonha.
Ele se esquece de que sua força ainda é maior que os impulsos dela, e a segura firme pelo braço, chegando ao ponto de machucá-la levemente.''
Gritos, lágrimas e olhares distantes. É essa uma das piores sensações, que eu imaginei nunca mais presenciar outra vez. Quisera eu não ser tão fraca, ou digna de pena; mas, não sou mais eu mesma quando penso em você; não sou exatamente o que eu
queria ser e talvez sua visão me faça ligeiramente mal.
Se prefere lamentar e sofrer as consequências calado, eu prefiro ser fiel à minha
consciência e admitir que ainda preciso de você; mas que, talvez no fundo eu não esteja preparada para perdoá-lo por todos os anos de danos psicológicamente graves.
- eu te odeio! eu te odeio! - Repete ela, gritando compulsivamente enquanto leva a
força de seu corpo aos próprios pés, que batem nas canelas dele feito pedaços de aço.
Olhares estranhos se confundem ao porque de tal ação agressiva. Olha com indiferença, enquanto ela simplesmente lhe dá as costas e apressa os passos.
- Não te entendo! Ficou louca? - Os olhos dele nunca haviam sido tão claros e condizentem com suas palavras. Palavras essas de quem está prestes a perder algo de pouco valor.
- Talvez esteja! Você é o culpado! - Ela se vira mais uma vez e foge da própria vergonha.
Ele se esquece de que sua força ainda é maior que os impulsos dela, e a segura firme pelo braço, chegando ao ponto de machucá-la levemente.''
Gritos, lágrimas e olhares distantes. É essa uma das piores sensações, que eu imaginei nunca mais presenciar outra vez. Quisera eu não ser tão fraca, ou digna de pena; mas, não sou mais eu mesma quando penso em você; não sou exatamente o que eu
queria ser e talvez sua visão me faça ligeiramente mal.
Se prefere lamentar e sofrer as consequências calado, eu prefiro ser fiel à minha
consciência e admitir que ainda preciso de você; mas que, talvez no fundo eu não esteja preparada para perdoá-lo por todos os anos de danos psicológicamente graves.
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Talento nato
Tive a ilusão de que tudo, de certa maneira, poderia ser tão igual às coisas que nunca foram exatamente movidas pela criatividade do ser.
Me lembro dos momentos em que era uma infanto-juvenil, presa em papéis e palavras escritas como tudo o que eu acreditava ser sincero e real apenas na minha imaginação de menina que sonha.
Na época, até então, nenhum dos meus amigos vestiam blusas listradas ou se expressavam através de músicas antigas. Essa era apenas a minha visão de mundo, que ao longo se tornara um breve motivo de deboche àqueles que jamais entenderiam.
Tantas eram as noites onde eu me transportava ao mundo antigo, como nos momentos em que inventava minhas próprias brincadeiras solitárias, acreditando que num universo paralelo existiria algo que os outros não sabiam ver.
Eu sorria em crer ser a filha ilegítima de John, ou a afilhada prodígia de Paul.
E em alguns outros momentos, eu me tornara a amante de um deles, ou apenas a garota que ressurgia no tempo pra tentar ao menos salvar a vida de um dos maiores gênios que a história da música pôde ter.
Com as tantas mudanças presentes nas reações das pessoas, eu conheci de perto a filosofia da minha vida, que era usada como ‘’status’’ para aqueles que nunca compreenderiam tão bem quanto eu.
Mesmo desiludida com as circunstâncias, eu pude olhar através de quem se permitia ver o mesmo que me movia.
Os garotos surgiram de uma ilusão. Eu os admirava, não só bela beleza, mas por agirem como nos meus sonhos de pura inconseqüência. Me tomava por um enorme desejo em torná-los o que seus ídolos significavam aos meus olhos.
Seguiam seus próprios conceitos, e através das tantas luzes dos fins de noite eu era capaz de enxergar o brilho de um talento tão único quanto cada um deles, que pra mim, desde sempre, se assemelhava ao dos novos garotos de Liverpool.
Não ousaria palpitar um desfeche exato, mas creio que certas crenças sobrevivem ao tempo.
Me lembro dos momentos em que era uma infanto-juvenil, presa em papéis e palavras escritas como tudo o que eu acreditava ser sincero e real apenas na minha imaginação de menina que sonha.
Na época, até então, nenhum dos meus amigos vestiam blusas listradas ou se expressavam através de músicas antigas. Essa era apenas a minha visão de mundo, que ao longo se tornara um breve motivo de deboche àqueles que jamais entenderiam.
Tantas eram as noites onde eu me transportava ao mundo antigo, como nos momentos em que inventava minhas próprias brincadeiras solitárias, acreditando que num universo paralelo existiria algo que os outros não sabiam ver.
Eu sorria em crer ser a filha ilegítima de John, ou a afilhada prodígia de Paul.
E em alguns outros momentos, eu me tornara a amante de um deles, ou apenas a garota que ressurgia no tempo pra tentar ao menos salvar a vida de um dos maiores gênios que a história da música pôde ter.
Com as tantas mudanças presentes nas reações das pessoas, eu conheci de perto a filosofia da minha vida, que era usada como ‘’status’’ para aqueles que nunca compreenderiam tão bem quanto eu.
Mesmo desiludida com as circunstâncias, eu pude olhar através de quem se permitia ver o mesmo que me movia.
Os garotos surgiram de uma ilusão. Eu os admirava, não só bela beleza, mas por agirem como nos meus sonhos de pura inconseqüência. Me tomava por um enorme desejo em torná-los o que seus ídolos significavam aos meus olhos.
Seguiam seus próprios conceitos, e através das tantas luzes dos fins de noite eu era capaz de enxergar o brilho de um talento tão único quanto cada um deles, que pra mim, desde sempre, se assemelhava ao dos novos garotos de Liverpool.
Não ousaria palpitar um desfeche exato, mas creio que certas crenças sobrevivem ao tempo.
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Méritos ao salvador do dia
Não saberia me desprender facilmente de todo o vazio que senti ao te ver indo embora, como mais uma das minhas tantas ilusões. Me anextesiava às lembranças menos vagas, enquanto deixava a força emocional de lado para lamentar outro surto de medo.
Teu cheiro, tua boca e todos os teus sentidos me seguiam fielmente ao longo do dia. Eu não poderia exigir que alguém de tão pouca paciência viesse entender minha agonia, então apenas cantei. Cantei canções que se impregnaram na minha memória ao tempo de sentir o vento batendo em meus lábios secos.
De fato, eu nunca pude enfrentar os meus tormentos de consciência com total maturidade e sabia que só haveria um lugar à ir para tornar o dia menos frustrante.
Meu pai tinha pressa e por tal razão não me deixou em frente à casa onde eu passaria o resto das minhas horas imprevisíveis. Alguém dormia, mas não teria como me enganar...eu reconheceria aqueles cabelos em qualquer outro lugar.
Renato logo escutou minha voz ao ouvir a exacerbação da mãe em me ver. Acordou sorrindo. Levantou, e eu me esqueci de abraçá-lo, e mesmo que o tenha feito não me recordo.
Em palavras molhadas eu cuspia toda a minha insegurança, contando cada momento crítico vivído até então. Renato me fitava, agindo indiferente à situação e eu me senti grata por isso. Sempre procurava alguma maneira de demonstrar o tanto de excentricismo que me dominava e logo o culpava por qualquer erro, já há muito perdoado. Colocava nele a responsabilidade em relação à mim e aos momentos onde ele se manteve ausente.
Quando me cansara de repetir as mesmas frases e injúrias, milagrosamente senti o apoio dele, e a intercessão sobre você só fez com que me sentisse ainda mais presa ao nosso amor; esse amor que ele apenas assistia.
Não bebemos, não fumamos, não cantamos, nem tão pouco dançamos; apenas escolhemos as canções certas para o fundo de nossas conversas construtivas. Sempre me exedo ao chorar, e então me cobri em meio ao sofá e tapei o rosto com as mãos para me recordar melhor das tuas feições e teu jeito em lidar comigo.
A música alta não me impediu que te encontrasse num sonho que não pareceu durar mais que cinco minutos; quando na verdade havia se estendido por questão de horas, até que escurecesse.
Por rápidos segundos ouví uma voz chamando por mim. Braços me abraçaram levemente e em um determinado momento tive a ligeira sensação de que fosse teu corpo se recostando sobre as minhas costas. Num pequeno surto devolta à realidade notei que aquilo nada mais era que uma peça um tanto cruel criada pela minha mente.
Olhei pelas paredes escritas e coloridas; e o sorriso que me fitava ingenuamente não era o teu. Renato me tratava de tal forma, que tanto carinho me assustou e me perguntei se ele ainda era o mesmo garoto cético e gelado.
Renato me lembrara do horário do remédio. Ele se arrumava calmamente e ainda me fitava sorridente. Nunca me imaginaria dormindo naquele sofá ao som de canções libertinas; e isso pareceu satisfazê-lo.
Poderia jurar que senti exatamente tuas mãos emmeu rosto naquela tarde perturbada que não me permitia te esquecer. Caminhamos em direção oposta à minha antiga casa. Eu me protegia do sereno no casaco jeans do meu melhor amigo, que se despediu rapidamentede mim, me deixando seguir até que meu pensamentos queimassem de tanto relembrar você.
Teu cheiro, tua boca e todos os teus sentidos me seguiam fielmente ao longo do dia. Eu não poderia exigir que alguém de tão pouca paciência viesse entender minha agonia, então apenas cantei. Cantei canções que se impregnaram na minha memória ao tempo de sentir o vento batendo em meus lábios secos.
De fato, eu nunca pude enfrentar os meus tormentos de consciência com total maturidade e sabia que só haveria um lugar à ir para tornar o dia menos frustrante.
Meu pai tinha pressa e por tal razão não me deixou em frente à casa onde eu passaria o resto das minhas horas imprevisíveis. Alguém dormia, mas não teria como me enganar...eu reconheceria aqueles cabelos em qualquer outro lugar.
Renato logo escutou minha voz ao ouvir a exacerbação da mãe em me ver. Acordou sorrindo. Levantou, e eu me esqueci de abraçá-lo, e mesmo que o tenha feito não me recordo.
Em palavras molhadas eu cuspia toda a minha insegurança, contando cada momento crítico vivído até então. Renato me fitava, agindo indiferente à situação e eu me senti grata por isso. Sempre procurava alguma maneira de demonstrar o tanto de excentricismo que me dominava e logo o culpava por qualquer erro, já há muito perdoado. Colocava nele a responsabilidade em relação à mim e aos momentos onde ele se manteve ausente.
Quando me cansara de repetir as mesmas frases e injúrias, milagrosamente senti o apoio dele, e a intercessão sobre você só fez com que me sentisse ainda mais presa ao nosso amor; esse amor que ele apenas assistia.
Não bebemos, não fumamos, não cantamos, nem tão pouco dançamos; apenas escolhemos as canções certas para o fundo de nossas conversas construtivas. Sempre me exedo ao chorar, e então me cobri em meio ao sofá e tapei o rosto com as mãos para me recordar melhor das tuas feições e teu jeito em lidar comigo.
A música alta não me impediu que te encontrasse num sonho que não pareceu durar mais que cinco minutos; quando na verdade havia se estendido por questão de horas, até que escurecesse.
Por rápidos segundos ouví uma voz chamando por mim. Braços me abraçaram levemente e em um determinado momento tive a ligeira sensação de que fosse teu corpo se recostando sobre as minhas costas. Num pequeno surto devolta à realidade notei que aquilo nada mais era que uma peça um tanto cruel criada pela minha mente.
Olhei pelas paredes escritas e coloridas; e o sorriso que me fitava ingenuamente não era o teu. Renato me tratava de tal forma, que tanto carinho me assustou e me perguntei se ele ainda era o mesmo garoto cético e gelado.
Renato me lembrara do horário do remédio. Ele se arrumava calmamente e ainda me fitava sorridente. Nunca me imaginaria dormindo naquele sofá ao som de canções libertinas; e isso pareceu satisfazê-lo.
Poderia jurar que senti exatamente tuas mãos emmeu rosto naquela tarde perturbada que não me permitia te esquecer. Caminhamos em direção oposta à minha antiga casa. Eu me protegia do sereno no casaco jeans do meu melhor amigo, que se despediu rapidamentede mim, me deixando seguir até que meu pensamentos queimassem de tanto relembrar você.
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