Me enrolo em palavras confusas que nenhum de nós dois entende, e procuro a convicção que há pouco fui capaz de perder.
Permaneço assustada, como alguém sem segurança nenhuma nas mãos, e sem força para esconder lágrimas de puro e justificado medo.
Me descuido com o óbvio e manifesto minha estupidez, como se culpasse a qualquer outro por erros não tão distantes do presente.
Me refujo no que foi dito anteriormente, como se apenas frases bonitas fossem dignas de arrancar toda a minha impaciência e a desilusão que me fez não conseguir planejar o futuro à longo prazo.
Me prendo nos sonhos inconscientes que me seguem, para aliviar o peso que a realidade me traz em certos momentos.
Me anextesio com imagens que me fizeram ser capaz de enxergar a calma, por mais longe que ela estivesse após isso. E o seu sorriso me fere, e me encanta, ainda.
Me liberto de tudo o que eu senti, da consequência do que você quis viver; e minha reação me remete rapidamente uma sensação de tranquilidade, que eu quase nunca consigo alcançar.
Me perco em melodias e busco nos seus olhos o significado para as palavras que ouço. Permaneço vidrada e você me nota, sem entender a minha fixação; que só se inquieta quando seus dedos tocam minha pele, de leve.
Shiu, faz silêncio, ninguém precisa escutar.
quinta-feira, 3 de junho de 2010
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