Minha vida desperta, todos os dias. Outra vez.
Toma de mim tudo o que era meu. Tudo diverge entre si. E eu me perdi de novo.
O alarme me acorda. Eis o mal de acordar para um pesadelo, e não DE um pesadelo. Que é a vida real.
Nesse tom acinzentado. Lá fora tudo tem essa mesma cor. Esse aspecto triste de uma vidinha alheia e espiritualmente pobre. Nada se aprende. Nada se ensina. Tudo se desassocia. Acho até que perdi a fé.
Não sou mais tão bonita. E agora acho que nunca fui.
Não sou mais eu. E não sou nada.
Meus sonhos são cenas distorcidas de filmes que eu já vi, de coisas que eu já vivi. Que foram minhas e agora não me pertencem.
Minha vida desperta. E com ela, a dor do despertar. Esse despertar sem anseios.
O despertador humano de todos os invernos. E verões. E outonos.
Porque já não cabe primavera dentro de mim.
terça-feira, 1 de março de 2016
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