Você me mostrou todas as cores que eu vi naquele dia. Elas tinham vida própria.
Nós começamos a dançar, cercados de todas as luzes que o universo nos deu. E percebi que naquele exato momento eu era apenas eu. Mas muito mais do que havia sido antes.
Eu era a morsa, como John Lennon foi um dia.
E eu enxergava diamantes, como Lucy. E flutuava com os pés no chão, ainda assim, como se fosse capaz de voar.
Eu era Alice. E você, o gato, porque ao desaparecer, seu sorriso se tornava o único que eu via em meio ao incrível efeito da luz neon.
Todos os detalhes se moviam. Os desenhos dos azulejos ganhavam vida. As flores do papel de parede, de repente, tinham um toque de mágica e nelas era possível enxergar o vento batendo como num único sopro. E você continuava sorrindo...
Tocou o meu rosto com carinho. Me agradeceu por aquele momento e continuou a sorrir.
Abri os braços e os entreguei ao céu que, por sorte, explodia de estrelas.
As músicas chegavam ao fim. Você permanecia terrivelmente alegre e cheio de emoção.
E continuava sorrindo...
Eis que aquela era a minha insuportável felicidade. Vivi de mim o melhor da minha existência enquanto deslizava os pés pelo que chamamos de pista de dança improvisada.
E naquele momento, além de ser infinita, eu tinha olhos de caleidoscópio.
E você? Você continuava sorrindo...
Everyone smiles as you drift past the flowers.
terça-feira, 24 de abril de 2018
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