THERE'S NOTHING YOU CAN MAKE THAT CAN'T BE MADE.

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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

As cores de tudo que deixei pra trás

Se eu fizer um discurso como o de Ana - A minha fabulosa menina sem qualidades - ao final dele, vou concluir que atualmente não acredito em mais nada ou em quase nada. Como ela diria, ''Nós não temos nada em que poderiamos acreditar. Matematicamente é como se nós acreditássemos em tudo; tudo tem o mesmo valor: indiferente''. Não foi bem assim que aprendi a ver o mundo. Mas aprendi a confiar em algumas pessoas e, a deixar outras simplesmente pra trás. Descobri que minha facilidade pra isso era até muito maior do que eu pensei que poderia ser. E enfim, tudo tem o mesmo valor pra mim agora, talvez por alguns outros aspectos. O aspecto profissional ainda se enquadra, afinal, ainda não me decidi, embora já esteja no caminho certo da decisão que pode acrescer na minha vida ou arruiná-la por um certo período. Em questão de relacionamentos, até que tenho me saído bem. E me saio melhor ainda quando não me esforço pra isso. Talvez eu tenha aprendido a ser apenas um pouco mais cética, um tanto mais cruel e bem mais realista do que me seria permitido com 21 anos. Talvez eu apenas esteja mudando determinados conceitos dentro de mim, conceitos estes que não existiam, ou, pelo menos, não se faziam tão óbvios como agora. Tudo o que eu sei - e o que de fato espanta, se tratando de alguém como eu - é que aprendi a deixar as pessoas pelo caminho, sem remorso, sem saudade, sem tentar trazê-las de volta. Realmente, algo muito curioso se tratando de mim e dessa minha personalidade meio falha, meio avessa, meio torta. Curioso também é notar que com as atitudes mais irrisórias possíveis, eu me dei conta dessa mudança tão drástica. Eu olho pro meu mural de fotos e vejo que tirei parte de todas aquelas que existiam antes, como se fossem exatamente aquilo: Pedaços de papel que não significam muita coisa. Minha lógica acaba sendo deixar ali quem realmente merece aquele espaço. Que ainda cabe amor em mim? Isso também é tão certo quanto o meu amor por quem ainda faz parte dessa minha vida tão cheia de espaços em branco. Espaços esses que estou aprendendo a preencher com cores que criei, me livrando dos fardos e abrindo caminho pra tudo que ainda desejo viver, libertar, descobrir. Às vezes é mais fácil mesmo não acreditar em nada. Ou como eu disse no início, em quase nada, afinal, talvez eu esteja apenas procurando novas cores, novas fotos, novas razões. E o mesmo amor de sempre.

Um comentário:

Unknown disse...

Sou seu fa. Mais fa do que ontem. Menos fa do que amanha.

Bjs de seu admirador secreto.

PF