sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
Você, que sempre será você.
De todos, aí está você.
De todos aqueles poucos, bons, caros e raros. Sim, você, que sempre foi tão raro. Você que saía correndo atrás de mim no supermercado, enquanto eu desfilava e descobria o gostinho de tirar o fôlego de toda aquela marmanjada que costumava fazer compras no período da noite.
Você, que assumia minhas brigas e segurava minhas crises de garotinha insegura no auge dos 14 anos.
Você, que aprendeu a me dar broncas e a me criticar com aquela velha facilidade que os irmãos mais velhos descobrem, quando se dão conta de que já não podem impedir os passos tortos de seus pupilos teimosos.
Você, que me segurou, girou, rodopiou e comigo voôu.
Você, que se afastou, retornou, espiou, esperou, ressurgiu.
Você, que podou os 15, curou os traumas dos 16, sanou as dores dos 17, enlouqueceu com a insanidade dos 18 e finalmente mostrou a graça nos 20.
Você, que foi muito mais eu que eu mesma. Você, que seria o único a entender essa frase.
Você, que sofreu, calou, correu, fugiu e voltou.
Você, que vê comigo coisas que eles nunca verão. Você, que viverá pra sempre. Como naquela música que sempre dissemos falar sobre nós.
Você, o anjo mais velho que Anitelli descreveu na música. Você, que vai ser lembrado só enquanto eu respirar.
Você, um irmão. O mais velho.
Você, que sempre será você.
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