- Você sempre vai me proteger?
- O que é que te fizeram?
- Como você sabe que tem algo errado?
- Te conheço.
Ele sorriu pra mim. Como se todo o ocorrido já não bastasse. Como se todo o passado não importasse. Me abraçou forte, como se fosse o primeiro de muitos, ou o último de tão poucos. E nós nos sentamos.
Ele quis me contar cada detalhe da sua imprevisível vida nos últimos meses.
Foi me conduzindo a assuntos que antes nos feriam, que antes doíam.
Nos flagramos sonhando com o futuro, futuro este que não me pareceu tão distante. Ele se permitiu mencionar e enfatizar mais uma vez a questão que fazia de ter meu ponto de vista como referência.
E foi assim.
Caminhamos e sorrimos.
E é como sempre me sinto, crente de um destino que ainda vai se concretizar, justamente por saber que preciso de um ‘Hey Jude’ que venha de seu violão, e aquela bela mania que tem de me mostrar o lado bom de tudo, como se esse tudo fosse breve demais para durar por toda a eternidade.
Seu entusiasmo me comove, e sempre cativa. Se assemelha ao longe com um de nossos ídolos, de tempos, já tão distinto.
Tão jovem e sábio. Tão ingênuo e inconsequente.
E ele acena pra mim. Se despede num leve abraço, e promete, que no próximo mês ele vai voltar...
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Postar um comentário