Não era nem um pouco aceitável para mim que desistíssemos de tudo ali, visto que não tínhamos vivido nem metade do que eu havia planejado para nós.
E foi quando, por mais de uma vez, meu telefone tocou. Era ele, insistindo para que nos víssemos.
Ali estava eu, paciente e sã, transparecendo uma imagem muito firme e decidida, quando na verdade gritava ao meu subconsciente por outra chance.
- Não tenho certeza sobre arriscar outra vez – Eu disse, com medo que ele concordasse comigo ao invés de simplesmente ignorar nossa última briga.
- Por que? – Perguntou ele, confuso sobre o que deveria dizer.
- Você sabe...Temo que possamos nos decepcionar um com o outro – Eu respondi, sem coragem de olhar nos olhos dele.
- É um medo que eu também tenho, mas gosto de você. Gosto de estar ao seu lado – Disse ele, buscando meu contato visual.
- Você me fez crer que tudo o que houve antes não passou de uma precipitação da sua parte, que de fato não sente o mesmo que sinto por você – Eu retruquei, tentando achar um argumento convincente para mim mesma – Me lembro das inúmeras vezes em que você me ‘provou’ o quão gostava de mim e, ouvir algo diferente após isso me assusta.
- Não era à toa. Eu nunca menti sobre o que estava sentindo; eram momentos em que a intensidade era maior e eu dizia para que você soubesse – Ele justificou, passando a mão direita pelas pontas do meu cabelo.
- Eu sei, mas fiquei confusa sobre o que realmente esperar de você – Eu disse, tentando levemente me esquivar enquanto ele se virara para segurar meu rosto, me forçando a fitá-lo.
- Então por que seus olhos estão brilhando? – Perguntou ele, sorrindo ingenuamente.
- Não estão, não – Retruquei, desviando o olhar para que meu olhar não entregasse ainda mais meu sentimento ao vê-lo ali.
Senti cada centímetro do meu corpo me impulsionar a ele, como se fossemos imã um do outro.
Aquele beijo foi como o primeiro, de muitos que demos há meses atrás.
sábado, 6 de agosto de 2011
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