Eu sabia que aquele momento chegaria, e ao mesmo tempo em que tentava evitá-lo, havia em mim a certeza de que existia algo que eu devia provar ao meu ego.
Cheguei ao local marcado com dez minutos de antecedência.
A espera por meu amigo se tornou altamente torturante. Pensava em milhões de desculpas para não estar ali, visava o momento exato onde seria obrigada a me deparar com o tamanho esforço de olhar nos olhos de quem me quis tão mal um dia, mesmo que esse alguém não fosse de fato ele.
Estar ali, esperando por meu amigo, Pedro, era como visar o futuro buscando pelo passado, pois eu ainda me recordava da fase em que esperava no mesmo local por outra pessoa. Me sentia regredir.
Enfim nos encontramos e seguimos ao encontro dos demais garotos da banda.
Pedro me apresentou seu mais novo parceiro musical. Um rapaz distinto, com cabelos encaracolados e um tanto despenteados; vestia um terno azul marinho por cima da camiseta com emblema de uma banda, The Who. Usava calças escuras e allstar vermelho.
Havia um ar misterioso no garoto, que me fez pensar que talvez ele não gostasse da minha presença.
Ao longo da tarde os demais integrantes da banda chegavam.
Como fã fervorosa que sou, assisti ao ensaio como quem avalia aos próprios ídolos. Ao som da batida da primeira música, senti meu peito pulsar e notei que minhas expectativas finalmente haviam sido superadas. Fitava Pedro constantemente, e este, não se cansara de cantar nem por um segundo.
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário