Não era capaz de imaginar que meu inconsciente guardasse tantos pedaços fragmentados daquilo que, há muito se foi.
Embora soubesse que determinados momentos se mantinham por força de vontade da minha parte, nunca entendi muito bem se sonhar com a profundidade das coisas que no fundo eu admito gostar me traria aquela velha ingenuidade de volta.
Nos últimos dias acordei com um grito sufocado na garganta. Muitos de nós sofremos do tormento que um sonho pode trazer, eu sei. Esse efeito em mim tem sido mais frequente agora que as mentiras parecem ter se diluído.
Não há o que se possa fazer diante dos sonhos, por mais belos que sejam enquanto estamos de olhos fechados. Mas a simplicidade de antes me tomou e eu cansei de esconder que ainda sinto que parte da vida está por vir, vaga e incerta, como quase tudo de mim. Afinal, meus olhos nunca souberam mentir, embora nem todos sejam capazes de ter essa mesma certeza. Meu orgulho volúvel não pode mais ser sustentado.
E tenho muito à dizer, por mais que me falte convicção para expressar isso.
''Eu aprendi que pra reviver é só lembrar!''
sábado, 30 de maio de 2009
sábado, 23 de maio de 2009
Semi-começo
Temer o futuro pode ser tão assustador quanto supor que metade dele sairá diferente do que você custou a planejar.
Nunca foi de grande importancia pra mim, afinal, mudo de planos a todo instante, minha concordancia varia de acordo com aquilo que me convém num certo momento.
Minhas mãos doem, mas dessa vez por justa causa. Estou prestes a fazer algo que talvez nem de longe me engrandeça.
Mostrar que a pressão na minha cabeça não me deixa prosseguir junto à tudo aquilo que quase esqueci.
Cansei de esperar a minha retribuição, a minha tão desejada retribuição. Então que venha a velha hipocrisia.
Me permito aquela imprecisão de opiniões tornas, melodramáticas, banais e fúteis. De fato, todos agimos por conveniência. Eu só ainda não descobri se generalizar é válido agora.
Não há como sustentar aqueles meus velhos desejos, quase mortos. Minha visão altruísta já não adianta de tudo. Não adianta de nada.
Embora eu não me permita a necessária eloquencia, me desdobro tentando buscar o rumo antigo das coisas que se estagnaram.
- ''Não te dizer o que eu penso, já é pensar em dizer''.
Nunca foi de grande importancia pra mim, afinal, mudo de planos a todo instante, minha concordancia varia de acordo com aquilo que me convém num certo momento.
Minhas mãos doem, mas dessa vez por justa causa. Estou prestes a fazer algo que talvez nem de longe me engrandeça.
Mostrar que a pressão na minha cabeça não me deixa prosseguir junto à tudo aquilo que quase esqueci.
Cansei de esperar a minha retribuição, a minha tão desejada retribuição. Então que venha a velha hipocrisia.
Me permito aquela imprecisão de opiniões tornas, melodramáticas, banais e fúteis. De fato, todos agimos por conveniência. Eu só ainda não descobri se generalizar é válido agora.
Não há como sustentar aqueles meus velhos desejos, quase mortos. Minha visão altruísta já não adianta de tudo. Não adianta de nada.
Embora eu não me permita a necessária eloquencia, me desdobro tentando buscar o rumo antigo das coisas que se estagnaram.
- ''Não te dizer o que eu penso, já é pensar em dizer''.
terça-feira, 19 de maio de 2009
Let it be
Então volto a ser como fui um dia. Minha ingenuidade toma conta dos poucos conceitos que me restaram.
As vozes ainda são as mesmas, eu continuo tão encantada quanto antes.
Jamais me aprofundei na sensação de ter algo para viver. Algo que me fizesse crer.
Sua melodia me trouxe de volta, me salva todos os dias, me consome a alma de perguntas das quais nunca obterei respostas.
Então volto a fingir que vivo no mundo colorido, aquele mundo com diamantes que ainda não perdi.
Seja para revolucionar minha maneira de pensar, seja para deslizar sobre o universo, ou pedir socorro, minha necessidade de aumentar todo o meu amor é tão real quanto os campos de morango que só existiram na minha mente.
Alguma coisa me foge da garganta quando se trata do que sinto a respeito das minhas diárias lições de vida. De fato, eu estou mais apaixonada do que jamais estive. Me apaixono por mim, por eles, aqueles, que me inspiraram a retomar o que eu sentia.
As vozes ainda são as mesmas, eu continuo tão encantada quanto antes.
Jamais me aprofundei na sensação de ter algo para viver. Algo que me fizesse crer.
Sua melodia me trouxe de volta, me salva todos os dias, me consome a alma de perguntas das quais nunca obterei respostas.
Então volto a fingir que vivo no mundo colorido, aquele mundo com diamantes que ainda não perdi.
Seja para revolucionar minha maneira de pensar, seja para deslizar sobre o universo, ou pedir socorro, minha necessidade de aumentar todo o meu amor é tão real quanto os campos de morango que só existiram na minha mente.
Alguma coisa me foge da garganta quando se trata do que sinto a respeito das minhas diárias lições de vida. De fato, eu estou mais apaixonada do que jamais estive. Me apaixono por mim, por eles, aqueles, que me inspiraram a retomar o que eu sentia.
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Do que sou feita
Talvez um gesto mais que ousado, ou um breve impulso descontrolado.
Poetisa de manhãs frias e sentimentos congelados pelo tempo. Perdida, exorbitante, num mundo tão puro, que vivo como se tudo de mim fosse.
Posso ser real, mas prefiro me manter como uma mera ilusão.
Talvez impaciênte, inconstante a todo raro e caro minuto. Desenhista dos próprios princípios, das injúrias mal escritas, dos medos reprimidos e do calor presente em qualquer contato físico.
Da mentira, da desilusão, da paixão. Disso sou feita, admito. Ser humana pode ser bem mais difícil.
Talvez me pareça indigna enquanto me remoldo em algum espelho, que nem sempre reflete aquilo que eu gostaria.
Sigo sentidos, pistas e suposições. Minto afeições impróprias, oculto desejos absurdos. Finjo que sou quem eu queria ser.
Esqueço convenientemente obrigações diárias. Faço promessas e quase nunca as cumpro com total devoção (algo de que não me orgulho).
Sou feita do sal, da impureza de uma noite de amor. Sou feita de espinhos, de vínculos inexistentes. Papéis, cartas e sorrisos; aquilo que me traz de volta à velha felicidade. Disso é que sou feita.
Primeira postagem, do meu primero blog oficial o/
Ainda não sei qual será minha frequência nas postagens, mas duvido que seja pequena.
Por hora é só.
Poetisa de manhãs frias e sentimentos congelados pelo tempo. Perdida, exorbitante, num mundo tão puro, que vivo como se tudo de mim fosse.
Posso ser real, mas prefiro me manter como uma mera ilusão.
Talvez impaciênte, inconstante a todo raro e caro minuto. Desenhista dos próprios princípios, das injúrias mal escritas, dos medos reprimidos e do calor presente em qualquer contato físico.
Da mentira, da desilusão, da paixão. Disso sou feita, admito. Ser humana pode ser bem mais difícil.
Talvez me pareça indigna enquanto me remoldo em algum espelho, que nem sempre reflete aquilo que eu gostaria.
Sigo sentidos, pistas e suposições. Minto afeições impróprias, oculto desejos absurdos. Finjo que sou quem eu queria ser.
Esqueço convenientemente obrigações diárias. Faço promessas e quase nunca as cumpro com total devoção (algo de que não me orgulho).
Sou feita do sal, da impureza de uma noite de amor. Sou feita de espinhos, de vínculos inexistentes. Papéis, cartas e sorrisos; aquilo que me traz de volta à velha felicidade. Disso é que sou feita.
Primeira postagem, do meu primero blog oficial o/
Ainda não sei qual será minha frequência nas postagens, mas duvido que seja pequena.
Por hora é só.
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