Falo comigo, falo em silêncio.
Calo comigo, feridas hoje quase indolores.
Falo de agonia, do medo dos teus outros amores.
Falo do frio na barriga de ter em mim o fardo de ser eu. E de não ser como todas as outras.
Falo do meu medo de sentir tudo o que sinto. E todas as outras coisas que eu gostaria de não sentir. E não dizer.
E de ainda assim, não ser capaz de me esconder.
Falo a todos tudo o que eu quis. Falo da luta contra o mau olhado e o mau agouro. E ainda assim, a esperança em ser feliz.
Falo comigo. Eu falo demais. Até de gritar em silêncio eu sou capaz.
segunda-feira, 19 de novembro de 2018
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