Você sabe que eu vou chegar em casa e contar detalhadamente sobre cada precioso minuto do meu dia.
Vou te falar sobre algum amigo com quem almocei, sobre alguma música que aprendi a tocar, sobre alguém de quem me lembrei.
Vou falar compulsivamente sobre as minhas percepções. Sobre a garota da agência bancária que insiste em demonstrar certa antipatia por mim, mesmo que eu não dê motivos pra isso.
Vou falar sobre a infecção no ouvido de um dos meus bichos de estimação. Vou comentar sobre o elogio que a balconista da padaria fez à minha maquiagem, ou sobre a frustração que um comentário malicioso e mal colocado provocou em mim.
Vou te contar sobre a cor de esmalte escolhida para o resto da semana. Vou mencionar a procrastinação do livro que eu ainda não tive coragem de finalizar.
Vou reclamar a sua falta. Te pedir pra voltar, pra me buscar, pra dormir no seu abraço.
Vou imitar uma criança, te chamando por apelidos que não ousamos dividir com o restante do mundo.
E você, mesmo enfadado, vai rir. Vai resumir o seu dia agitado e ouvir bem mais sobre o meu.
Vai assumir o quão vazio o outro lado da cama fica sem mim. Vai se deleitar com um leve ''eu te amo'' seguido de um ''boa noite'' ou um ''tenho pensado muito em você''.
Vai me responder com a mesma intensidade, e com o cuidado de quem sabe tanto sobre mim.
segunda-feira, 15 de agosto de 2016
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