- Olhe pra mim – Eu pedi. E ele simplesmente sorriu.
E eis que o par de olhos mais verdes que já vi me fitava novamente.
E dessa vez, com uma certeza: Eu o compreendia.
Num universo de tamanho imensurável, com tantas facetas. Num
planeta com 7 bilhões de pessoas. Num mundo cheio de amargura – da amargura que
ele foi descobrindo – eu o compreendia. E existia uma parte de mim que
pertencia somente a ele. A parte onde melhor guardei todas as boas memórias de
toda a minha adolescência.
As minhas palavras lhe faziam sentido, mas não lhe faziam
jus. Ele era bem mais do que eu poderia explicar. Ele era luz. E clarão. Era
sonho. E realidade. Era como ter a sorte de ser ouvida por quem realmente
queria todas as minhas frases.
- É exatamente isso – Ele me respondeu, talvez surpreso por
eu adivinhar seus pensamentos e anseios.
Eis que a compreensão do óbvio me veio subitamente. Mais uma
vez. E eu confirmei a mim mesma que nunca o abandonaria. Por carinho,
cumplicidade, amor. E por fé.
Minha fé nele era firme.
Nenhum comentário:
Postar um comentário