Senti a vontade que existiu apenas em alguns momentos, em toda a minha breve vida medíocre.
A estranha vontade em desaparecer por tempo indeterminado. A necessidade em me afastar de todo o universo que conspira contra as minhas ilusões de pequenas proporções.
O desejo em proteger o lado sublime dos meus sentimentos de qualquer que seja o perigo neles imposto.
- Vem comigo.
- Pra onde?
- Pra qualquer lugar que nos deixe longe de tudo. Não quero mais viver aqui.
- Por que?
- Porque me sinto desprotegida, assustada. Sempre há um medo em mim, que me sufoca e eu não quero mais sentir isso.
- Não precisa sentir, você sabe. Eu te protejo, estou aqui com você, agora.
- E o dia em que você não estiver?
- Sempre vou estar.
- Como você sabe? Como sabe que sou a garota da sua vida?
- Porque eu já te disse isso tantas vezes que perdi a conta. Se não fosse você, não seria mais ninguém...
- Sempre vai me perdoar por duvidar de você?
- Quero que não duvide mais.
A vontade em fugir passa, logo que descubro que o nosso mundo já é grande o suficiente para comportar o que sentimos e condizer com o que fazemos.
quinta-feira, 24 de junho de 2010
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Inquietação
Me enrolo em palavras confusas que nenhum de nós dois entende, e procuro a convicção que há pouco fui capaz de perder.
Permaneço assustada, como alguém sem segurança nenhuma nas mãos, e sem força para esconder lágrimas de puro e justificado medo.
Me descuido com o óbvio e manifesto minha estupidez, como se culpasse a qualquer outro por erros não tão distantes do presente.
Me refujo no que foi dito anteriormente, como se apenas frases bonitas fossem dignas de arrancar toda a minha impaciência e a desilusão que me fez não conseguir planejar o futuro à longo prazo.
Me prendo nos sonhos inconscientes que me seguem, para aliviar o peso que a realidade me traz em certos momentos.
Me anextesio com imagens que me fizeram ser capaz de enxergar a calma, por mais longe que ela estivesse após isso. E o seu sorriso me fere, e me encanta, ainda.
Me liberto de tudo o que eu senti, da consequência do que você quis viver; e minha reação me remete rapidamente uma sensação de tranquilidade, que eu quase nunca consigo alcançar.
Me perco em melodias e busco nos seus olhos o significado para as palavras que ouço. Permaneço vidrada e você me nota, sem entender a minha fixação; que só se inquieta quando seus dedos tocam minha pele, de leve.
Shiu, faz silêncio, ninguém precisa escutar.
Permaneço assustada, como alguém sem segurança nenhuma nas mãos, e sem força para esconder lágrimas de puro e justificado medo.
Me descuido com o óbvio e manifesto minha estupidez, como se culpasse a qualquer outro por erros não tão distantes do presente.
Me refujo no que foi dito anteriormente, como se apenas frases bonitas fossem dignas de arrancar toda a minha impaciência e a desilusão que me fez não conseguir planejar o futuro à longo prazo.
Me prendo nos sonhos inconscientes que me seguem, para aliviar o peso que a realidade me traz em certos momentos.
Me anextesio com imagens que me fizeram ser capaz de enxergar a calma, por mais longe que ela estivesse após isso. E o seu sorriso me fere, e me encanta, ainda.
Me liberto de tudo o que eu senti, da consequência do que você quis viver; e minha reação me remete rapidamente uma sensação de tranquilidade, que eu quase nunca consigo alcançar.
Me perco em melodias e busco nos seus olhos o significado para as palavras que ouço. Permaneço vidrada e você me nota, sem entender a minha fixação; que só se inquieta quando seus dedos tocam minha pele, de leve.
Shiu, faz silêncio, ninguém precisa escutar.
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