Insegurança essa que costuma vir a todo instante que me permito refletir sozinha. A mesma incerteza que me segue, agora como uma sombra, esperando que eu renegue meus mais impuros desejos de ser feliz. Incerteza que se consome em mim, como parte que sou do que sobrou como o resto do mundo...absolutamente nada.
Ainda me perco em lembranças lamentavelmente nostalgicas, ainda desconfio das frases que já ouvi em outras circunstâncias, vindas de outras pessoas. Um dano irrevogável, que só pode deixar de se manifestar se minha força de vontade for relativamente maior. Embora, muitas vezes, pareça de extrema dificuldade chegar ao nível de sanidade ao qual me encontro nesse momento.
Sinto os gritos, as lágrimas e os mais improváveis medos, vindos do espelho que insiste em refletir essa imagem turva, que quase não suporto ver.
Me julgo fraca, medíocre, uma bela mentira que se repete em cada letra que faço questão de cuspir para me livrar dos pesos de consciência, tão dignos de mim.
Fantasio situações, onde o ego de alguém que realmente me importa possa me trair, momentos onde cada 'nós' possa morrer, assim como já esteve morto tantas outras vezes e eu humildemente o ressucitei para não sofrer as consequências.
Então me calo no mar de insegurança que me move, esperando que sua voz me salve, como já ocorreu em diversas ocasiões.
- Tente me compensar como você mencionou que faria. Eu preciso me garantir de que a sua ausência não é proposital.
Eu sei que a sua solidão me dói.
12:51.