Quando abri essa singela página cuja foto não muda já há alguns anos, percebi que de tantos pensamentos expressados ao vivo nos últimos meses, e de tantos outros que usei como base para filosofar; sequer fui capaz de escrever uma mísera linha sobre eles.
Sinceramente, acredito que é disso que meu pai fala todas as vezes em que insiste para que eu evidencie o meu talento.
É definitivamente sobre isso. Sobre a minha total falta de cuidado para com o meu dom mais precioso.
Eu tive incontáveis inspirações nesse meio tempo que corresponde ao mês de Setembro até aqui.
Foram infinitas experiências e todo o processo que as tornaram parte fundamental do que estou me tornando.
Foram inúmeras análises de mim para comigo mesma e todo o aprendizado do qual abertamente falei, mas que ainda assim, não expressei em um dos meus cantos mais valiosos: Esse aqui.
Quando abro a página inicial desse meu mundinho, eu me revisito. Olho no fundo dos meus olhos com vinte e tantos anos, recém saída de uma das relações mais importantes da minha vida e pronta para me perder numa outra vida apaixonante que eu já sabia que também não me pertencia.
Perdi a conta de quantas foram as vezes em que eu me busquei tentando me encontrar a todo custo.
E agora que finalmente me encontrei, eu enfrento os medos que são infinitamente reais em comparação aos anteriores.
Contraditoriamente sei que esse é o momento em que eu não posso temer nada.
Só passei por aqui. Por curiosidade.
Pra me lembrar de quem eu sou. De quem eu já fui.
Só passei. Porque de fato, estou só de passagem mesmo...
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