Peguei minha criança interior pela mão e guiei-a até o limite do que separava meus pensamentos e nossos mundos - que talvez nem fossem tão distintos assim.
De fato, ter aprendido a ser quem eu sou me trouxe a percepção de vagar entre os infinitos continentes que existem dentro de mim, e por qualquer razão que eu ainda desconheço, existe um campo imenso desse território nem eu fui capaz de desbravar.
Sinto que dele vem boa parte das respostas que eu procuro desde muito cedo, o enigma das falhas da minha personalidade e, ainda assim, toda a condição necessária para uma transformação que invejaria até a mais bela das borboletas.
Me enxerguei como o ser humano mutável que eu nunca poderia adivinhar ser. E passei a verdadeiramente me amar por isso.
Dentro de dilemas, incongruências e versos soltos que eu ainda não anexei a textos que estão parcialmente criados na minha cabeça, eu consigo entender o olhar que a minha criança interior lança sobre mim.
Talvez com uma genuína bondade tenha em si o medo de se perder, já que esse medo também, é meu. E a felicidade em saber que, mesmo sendo assim tão mutável, eu nunca mais vou me perder de mim.
quarta-feira, 31 de março de 2021
Mutável
segunda-feira, 1 de março de 2021
Que eu não sinta nada que não seja amor
Não quero odiar ninguém. Eu não quero ter inimizades.
Não quero falhar com quem merece que eu seja inteiramente entregue, embora eu entenda que qualquer falha minha também possa ser apenas um canal para o aprendizado de alguém.
Mas quero continuar tentando.
Serei questionada por ser ingênua, julgada por oferecer paciência ao que a maioria repudia, criticada por qualquer ato que me faça parecer mais inocente do que de fato sou.
Mas eu não quero sentir nada que não seja amor. E quando eu falo em amor, eu não estou mencionando só o amor romântico, desses que me fazem ser capaz de lindas construções literárias e de juras que eu gostaria de poder cumprir.
Eu falo do amor pelo ser humano. O amor que veio de mim antes que eu entendesse o que ele significa.
O amor que eu herdei dos meus pais. O amor que me faz ser assim tão eu.
O único sentimento que eu permito que me absorva.
Que eu seja sábia apenas observar o ódio, quando ele vier. E que eu sempre escolha o caminho oposto de volta.
Não quero falhar com quem merece que eu seja inteiramente entregue, embora eu entenda que qualquer falha minha também possa ser apenas um canal para o aprendizado de alguém.
Mas quero continuar tentando.
Serei questionada por ser ingênua, julgada por oferecer paciência ao que a maioria repudia, criticada por qualquer ato que me faça parecer mais inocente do que de fato sou.
Mas eu não quero sentir nada que não seja amor. E quando eu falo em amor, eu não estou mencionando só o amor romântico, desses que me fazem ser capaz de lindas construções literárias e de juras que eu gostaria de poder cumprir.
Eu falo do amor pelo ser humano. O amor que veio de mim antes que eu entendesse o que ele significa.
O amor que eu herdei dos meus pais. O amor que me faz ser assim tão eu.
O único sentimento que eu permito que me absorva.
Que eu seja sábia apenas observar o ódio, quando ele vier. E que eu sempre escolha o caminho oposto de volta.
Eu espero todos os dias que eu não insista em nada que não seja amor.
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