THERE'S NOTHING YOU CAN MAKE THAT CAN'T BE MADE.

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sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Ciranda de três

Eu era meio. E me tornei inteira.
Eramos inteiros. E depois nos tornamos um, mesmo sendo três.
E demos as mãos.
E cada um puxava o outro, quase como uma ciranda.
O que Paulo sente, eu sinto em dobro. O que Murillo sente, eu sinto por completo.
O que eu sinto, é perceptível à todos os dois. E assim caminhamos.
Sou eu. Que me torno dois. Que me faço em três.
Que termino num infinito perfeito e completo.
Três, que são dois e são um, mesmo sendo três outra vez. E novamente a ciranda que se encarrega do resto. 
Que nos faz girar.
E nós giramos juntos, até quando somos opostos.



Um comentário:

Mazakina disse...

Na espera de mais um otimo conto desses!!