THERE'S NOTHING YOU CAN MAKE THAT CAN'T BE MADE.

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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Sorrisos de Pollyanna - Fragmentos Perdidos

- Eu sempre sou criticada por ser como eu sou. As pessoas dizem que enxergo um mundo cor-de-rosa que não existe.
- Eu não vejo o por quê de te criticarem por isso.
- A verdade é que não é bem assim. Eu apenas tento "brincar de contente".
- Pollyanna?
- É. Você conhece?
- Sim. Eu gosto muito desse livro.
- Eu nunca conheci alguém que tivesse isso em comum comigo.

E então ela sorriu.

Ela não me pediu nada. Ou ao menos, nada que eu não pudesse oferecer.
Sorriu como sempre. Sorriu com os olhos, como das tantas outras vezes em que a vi sorrindo, mesmo com tão pouco tempo. Mesmo com o fator "tempo" indo sempre contra nós.
Me pediu outro conselho, outro gole de cerveja. Me fez outra pergunta - Que diabo de menina curiosa!
Ela me trata como um enigma. E eu sei o que eu sou pra ela - Será?
Mas ainda não entendi o que ela é pra mim. Ou talvez até tenha entendido, mas prefiro ignorar.
Joga o cabelo de um lado pra outro, impaciente com a minha aparente calma. Puxa as pontas, enrola num coque. Prende e solta outra vez. Não consigo prestar atenção nela sem esboçar um sorriso bobo e essa evidência me incomoda.
Mais uma pergunta - Por que será que ela nunca se contenta com as minhas respostas?
Ela vai sorrir outra vez enquanto bebe outro gole de cerveja. E eu que já perdi a hora e o lugar, vou aceitar.

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