THERE'S NOTHING YOU CAN MAKE THAT CAN'T BE MADE.

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sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Ele disse a ela... E a todas as outras

Ricardo disse a Clara que a adorava. Que ela, por ser exatamente como era, havia lhe ganhado em pontos que nem mesmo ele sabia que poderiam existir dentro de si mesmo.
Clara contou sobre as palavras de Ricardo a amiga, Mônica, que já desconfiava da malícia que enxergara nos olhos do rapaz.
Ricardo fez com que Clara se sentisse exclusiva, única num mundo tão conturbado e tão desigual. Mas, desse modo, Ricardo fez o mesmo com Beatriz.
Para Beatriz, Ricardo fora ainda mais além. Dissera que com ela seria lindo ter uma vida e um casal de filhos que trariam feições de ambos.
Ricardo disse a Clara o mesmo que disse a Beatriz. E o mesmo que outrora havia dito a Roberta e a Maria.
Ricardo tinha um dom em seus olhos. Aquele dom pouco comum de ludibriar quem lhe fosse capaz de olhar diretamente.
Cuspia conceitos. Inflava o próprio ego julgando ser diferente da grande maioria. Alegava ser livre, mesmo parecendo ser escravo da própria liberdade.
Agia de forma a manipular tudo em prol de si mesmo. E nada mais.
Mônica contara a Clara que ouvira as mesmas juras de Ricardo por parte de Beatriz, Roberta, Maria, Cristina, Fabiana, Débora...

Ricardo era só. Por escolha, antes.
E agora por falta de opção.


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