Eu poderia começar esse discurso de forma torta e cruel. E expressar toda uma indignação. Mas essa é uma emoção da semana passada. E é exatamente por esse motivo que eu me sinto no direito e na liberdade de imprimi-la.
Me ocorreu que como a pessoa honesta que me esforço pra ser todos os dias, seria óbvio conselhar e questionar certas atitudes impróprias de um amigo que fez parte do meu convívio estudantil no Ensino Médio. Eis que no auge dos meus questionamentos, os quais envolviam uma porção de aspectos, entre eles: a falta de caráter e de compromisso com a verdade, a desonra de critérios e argumentos fundamentais para um relacionamento e uma possível infidelidade, me vi obrigada a dizer tudo o que eu pensava, por decepção, e talvez por um pouco de soberba.
O que se sucedeu em seguida foi lastimável, eu diria.
Uma porção de argumentos mal interpretados e distorcidos sobre a minha vida me foram esfregados na cara como se eu os tivesse escondido, ou como se devesse ter qualquer vergonha de tê-los cometido.
Em seguida, chorei. E o fiz feito criança. Feito uma garotinha que acaba de perder qualquer ilusão.
Um amigo de tantos anos, declarando inverdades sobre mim como se sequer conhecesse a minha índole. E foi então que tive uma breve compreensão do óbvio: Eu já estive nessa condição em outros momentos.
Já fui apedrejada verbalmente por pessoas que diziam me amar e me respeitar. Já fui atacada por agir erroneamente. Já fui castigada socialmente com insultos de alguns tipos e já tive que lidar com coisas que não condiziam com a minha realidade e a minha verdade, ou a verdade dos meus atos. E eu sobrevivi.
Sobrevivi a inúmeras pessoas que adorariam me ver pelas costas. Sobrevivi à comentários maldosos e mentiras. Sobrevivi porque sempre assumi os meus atos, mesmo os mais impuros e equivocados. Sobrevivi porque tinha que ser assim.
E cá estou eu, inteira. Completa. De alma lavada e consciência limpa. Sem me perguntar o porquê de não ser aceita da forma como sou, pelo meu modo de agir e/ou pensar. E levando comigo a melhor frase que eu poderia ter ouvido naquele dia, do meu genitor: ''Você é intensa. Se algumas pessoas não compreendem isso, elas não podem seguir você no seu caminho. Você vai ter que deixá-las pra trás.''
segunda-feira, 6 de julho de 2015
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário