sexta-feira, 10 de outubro de 2014
Em 10 de outubro de 1990...
Em 10 de outubro de 1990, ela partiu. Foi embora do que pensou que seria seu lar até o fim da vida. Levou uma trouxa de roupas e sua estimada e preciosa máquina de costura. E assim, deixou tudo pra trás.
Foi tomada pelo medo, pela incerteza e, ao mesmo tempo, por uma felicidade inusitada.
À partir daquele momento, ela experimentaria um sentimento que havia levado anos para descobrir: A liberdade de um amor.
Amor esse, tão intenso quanto o imenso céu, que ela mesma disse viver como se tudo dela fosse.
Ele, que já não tinha nada, poderia enfim considerar a sorte da tê-la, enfatizando anos depois, que jamais pensaria em encontrar ou merecer mulher tão extraordinária.
Ele descobriria ser capaz de amá-la muito além do amor que se mostrara ali. Descobriria mais tarde, que ser humano nenhum no mundo poderia fazê-lo completo da forma como ela fazia. Ele, mais tarde, enfrentaria as adversidades da doença que a dominaria, e contaria aos filhos a verdadeira concepção do amor. Ele seria o herói de sua própria história, ainda quando tivesse certeza de que não passava de um mero coadjuvante.
Eles, juntos, enfrentariam o mundo. E deixariam a inspiração de um legado de sabedoria, amor e lealdade à filha mais velha e ao caçula.
Após vinte quatro longos anos, eles provariam ao mundo que aquela fuga - digna de um filme - seria a chave da história de amor mais bonita que se poderia contar.
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Um comentário:
Lindo demaissssssssssssssssssss. Me emocionei. ♥
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