quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Minutos de uma vida
Foi só um baruho alto que escutei, feito o de uma fruta que acaba que despencar do pé. E lá estava ele.
Tão frágil que sequer pude deixá-lo, e fui eu a tomar a iniciativa de cuidá-lo.
Algumas pessoas simplesmente diziam: ''você é maluca? não pode alimentá-lo!''. Mas, como eu poderia abandoná-lo? De um momento para o outro, já não fazia sentido largá-lo. Daquele momento em diante, eu seria responsável pelo que lhe acontecesse.
E fui. Tentei recuperá-lo até onde pude, e em seguida ele simplesmente já não respirava.
O intervalo de tempo foi tão curto, que toda a situação durou apenas alguns minutos.
Chorei feito criança, sem sentir qualquer aversão ao fato de segurar em minhas mãos um passarinho que já nem se mexia. Agi apenas pelo impulso de querer salvá-lo e isso pareceu não ter facilitado em nada sob o resultado final.
O que importa, o que talvez realmente importa, é que eu não vou deixar de tentar salvar passarinhos de uma morte solitária.
Vai ver, ninguém nunca poderá mudar meu instinto de querer ''salvar o resto do mundo com as minhas próprias mãos''.
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