Seguiu-se o peso de um breve silêncio, antes que ela tomasse coragem suficiente para perguntar-lhe o que tanto ansiou por ouvir.
Ali, os corpos semi-nús, molhados com o ardor da chuva, agora se recostavam um sob o outro. Ela o fitava, calada, enquanto ele tentava lhe arrancar pouco que fosse do seu mistério repentino, com brincadeiras e piadas que não lhe faziam sentido algum. Até notar que a fisionomia dela agora mudara.
- Tenho que lhe fazer uma pergunta.
- Faça.
- Não sei se é conveniente.
- Algum problema?
- Problema nenhum.
- Então me diga o que te aflige.
- É uma pergunta banal. Sei que vou me arrepender de perguntar.
- Então diga logo, não verei mal em responder.
- O que você sente por mim?
- O que eu sinto? Sinto que gosto de você. É, realmente, gosto. Acho que é gostar. Sim, deve ser isso.
- Gosta?
- Gosto, gosto sim. E você? O que sente?
- Sinto que também gosto de você.
- Será que é somente isso, mesmo? Acredito que é algo mais. Estou certo?
- Não, não está. Te disse que atualmente me controlo o suficiente pra não me ‘apaixonar’ com tanta facilidade, e isso é fato.
- Entendo. Só não se esqueça que sentimentos assim nós não somos capazes de controlar.
- Eu sei, mas consigo. Sou teimosa.
- É sim, muito teimosa.
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
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Um comentário:
isso aconteceu de verdade ou vc viu em algum filme?vc podia escrever roteiros tb!
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