THERE'S NOTHING YOU CAN MAKE THAT CAN'T BE MADE.

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segunda-feira, 12 de julho de 2010

O ato dos sublimes desejos

Um sorriso que já havia sido visto antes em algum outro lugar, em tempos remotos e distantes, que agora seriam parte de uma lembrança comum e bela.
Notou-a ao longe e corou o rosto em meio a tantos outros desconhecidos.
Ao longo de palavras curiosas e um tanto banais, os risos se mantinham, ao mesmo tempo em que inúmeras perguntas lhes preenchiam a mente.
O crime maior seria negar um desejo oculto e levemente esquecido, ou supri-lo da forma mais inconseqüente possível?

A troca de olhares intrigados e dispersos não os deixaria lamentar qualquer ação chamada indevida ou impensada. As palavras se engasgavam ao meio de tantas outras que deveriam ser ditas com pouco menos de convicção.
A mudança de ambiente os ajudaria a compreender melhor o que todas aquelas palpitações em ambos os peitos significava.
Longe de olhos curiosos, fez-se o ato dos sublimes desejos; onde ele dizia sentir-se como criança ao seu lado, e lhe correu o rosto com os lábios, até chegar em sua boca o gosto de tanto tempo atrás.

Finalmente haveria alguém que pudesse fazê-la parar de se repreender, enquanto não soubesse mais pensar em romances anteriores.
Os braços lhe repuxavam com tal força capaz de desmanchar o medo e a dúvida presentes em seus pensamentos confusos. Mordia-lhe o lábio, lhe beijava o rosto, e lhe segurava a cintura, com as mãos num movimento que descia até as costas; com aqueles longos e castanhos cabelos jogados em seus ombros.
Tocava-lhe a ponta do queixo e as maças do rosto, dizendo sorrindo o quão bela ela podia ser.
Supria-se a nostalgia misturada ao novo momento que se fazia, enquanto os vidros do carro se embaçavam em meio ao breu da noite.

Um comentário:

Anônimo disse...

lindo o texto!!
parece coisa de quem ta apaixonadaa!

continue escrevendo
bjs