Mas, foi exatamente o que eu fiz. Eu me recusava a crer naquele fato tão óbvio. Não aceitava bem a ideia de me prender a outra pessoa, no que eu considerava ser tão pouco tempo de convivência.
Eu me via livre e era como eu queria estar.
Eu entendia por liberdade, acima de tudo, estar isenta das dores que uma desilusão amorosa poderia me causar.
A minha vida já era tão cheia de amores fracassados e tão presente de um amor que havia efetivamente permanecido até aquele momento, que eu achava que não sobraria espaço para mais ninguém. Achava que poderia controlar tudo o que dissesse respeito a mim e aos meus sentimentos. E mesmo sendo sempre tão instintivamente pisciana - e com essa definição, extremamente romântica - eu acreditava genuinamente que deveria me manter sozinha. Eu, comigo mesma. Foi assim que me perdi completamente dessa ideia.
Foi assim, inclusive, que caminhei em direção a você.
Para me perder de tudo o que eu achei que sabia. Para me desfazer de quem eu já havia sido. Para me desafiar cuidar mais pacientemente de alguém. Para me desconstruir dos meus antigos erros e criar em mim a fé em novos acertos.
Para me perder de tudo o que eu achei que sabia. Para me desfazer de quem eu já havia sido. Para me desafiar cuidar mais pacientemente de alguém. Para me desconstruir dos meus antigos erros e criar em mim a fé em novos acertos.
Para compreender, talvez pela primeira vez na minha vida, o que é o amor de verdade.