Ela nunca vai se casar.
E não importa quantas vezes a tia avó pergunte a respeito da sua duradoura relação de quatro anos. Ela ainda não vai se casar. Mesmo que o status de relacionamento da maioria de seus colegas de escola seja alterado para "em um noivado" ou "casado(a) com".
Ela não vai se casar. Não enquanto isso for uma imposição. Um questionamento de quem acha que a vida é essencialmente: crescer, casar, reproduzir e morrer.
Ela não vai se casar. Não aos 25. Nem aos 26. Talvez nem mesmo aos 27. E não será tarde. Ainda não é. Ela não vai se casar.
Não antes de conhecer mais cinco estados do país onde vive. Não enquanto suas mãos não tocarem a neve ou até enterrar os próprios dedos dos pés na areia de alguma outra praia nudista. Até ter atravessado a fronteira de um dos países vizinhos. Ela não vai se casar.
Não até ter certeza de que o eleito para essa árdua tarefa concordará com uma parede amarela na sala, ou com mais de 5 tipos de quadros dos Beatles espalhados pelo corredor do que deveria ser "o lar do casal casado".
Ela nunca vai se casar. Não enquanto a pergunta típica das reuniões de família for "e quando você pretende se casar?". Não haverá a belíssima cerimônia católica com sermão sobre a necessidade do homem em ter uma mulher como seu pilar para uma vida maravilhosamente convencional.
Não enquanto ela não fizer seu grande amor compreender sua paixão por animais, por J.R.R. Tolkien, por clássicos românticos do cinema. Eu realmente acho que ela será excepcionalmente feliz.
Mas se me perguntar agora: Acho que não, ela nunca vai se casar.
sábado, 30 de setembro de 2017
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