Ela me conduziu com palavras ternas e seguras.
Me pediu que fechasse os olhos e, em seguida, ditou um breve exercício de meditação para que eu pudesse me conter.
Sua voz me guiava ao mesmo tempo que eu abandonava as dores e tensões emocionais contidas naquele meu peito já tão calejado.
Os olhos dela refletiam uma cor intensa, imensa, que eu mesma nunca reconheci igual em qualquer outro lugar. Não necessariamente por sua cor absurdamente azul, mas por conterem em si a força e a delicadeza, numa mesma proporção. Neles, era fácil reconhecer a pureza da própria alma, que aos poucos, me fazia crer em dias muito mais sãos.
O restante de suas cores era refletido num sorriso largo cheio de honestidade e paz. E envolta, a cor lilás de sua aura, agora já excessivamente óbvia à mim, que nunca havia enxergado nada semelhante antes.
Ela trazia consigo a leve intensidade de cores quentes, expressivas. Irradiava uma luz que se poderia reconhecer até mesmo do mais escuro poço.
Ela me ofereceu a chance de abandonar tudo o que eu pensava que sabia sobre mim mesma.
E recomeçar. Me estendeu a mão numa leveza que me curou de muitos pesares, mais tarde.
"A vida é sábia. E os desafios que vierem até você serão aqueles que você poderá superar, mesmo que tenha de ir ao limite das suas forças." - Ela me disse, certa vez. E dessa frase eu nunca poderia me esquecer.
Ao dia dela. Ao que ela representa, os meus sinceros e eternos votos de felicidade e gratidão.
quinta-feira, 20 de julho de 2017
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