Acho que te fiz promessas demais. Eu e você nos prometemos coisas que não sabíamos que não poderíamos cumprir.
Transmitimos um apoio mútuo, e nos seguramos um ao outro até o momento em que isso realmente nos cabia. Nos seguramos para manter intacto um afeto que já não é visto como prioridade por nenhum de nós. E eu me sufoco por não te escrever isso com tristeza, com angustia ou com um pingo sequer de raiva. Eu me culpo por não sofrer e por simplesmente aceitar que você estava disposto a ir, com um pé já na estrada, e que eu me vi disposta a deixar, sem me preocupar com a volta - se é que um dia ela de fato existiria.
Agora eu sei. A vida me mostra e mostrou todos os dias ao longo desses últimos meses, que o meu papel no seu mundo foi te fazer enxergar quem você realmente era, além do que o espelho poderia lhe mostrar. O seu papel, por outro lado, foi bem mais claro e óbvio: Me ajudar a não enlouquecer, quando tudo o que diziam de mim poderia já expor a louca que eu era e a tamanha besteira que você fazia se deixando ser o meu melhor amigo.
E a nossa parte na vida um do outro ficou pra trás. Como me disseram que ficaria. Como pra outros, muito antes, também ficou. Eu já te livrei há muito tempo de me curar dos meus acessos de menina. Agora, eu sei que os controlo por mim mesma.
Sei também, que inegavelmente, sempre fui apenas por mim, sem ter ninguém que me carregasse.
E isso me basta daqui em diante.
terça-feira, 1 de dezembro de 2015
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