Sentaram-se ao lado um do outro, na escura sala de cinema.
Falavam banalidades, que logo foram ofuscadas pelo olhar confuso que ambos transmitiam.
- Eu vi. Vi nas cartas. Você tem em si um talento que vai impulsioná-lo, e você vai conseguir - Disse ela, calmamente.
- Por favor, não fale disso. Eu não tenho nada, não sou nada - Disse ele, virando o rosto para baixo, como quem se sente vergonhado.
- Hey, não! Me escuta, você tem um destino maravilhoso pela frente. Eu acredito nisso! Eu acredito em você! - Disse ela, alterando a voz em tom alto; colocando as mãos sobre o rosto dele, que deixara escorrer uma lágrima.
- Não sei se posso. Não sei se consigo - Respondeu ele, com os olhos claros molhados.
- Você pode e vai! Confio nisso! Não se esqueça que estou aqui agora, e estarei na primeira fileira dos seus espetáculos - Disse ela com total convicção.
Eu me lembro exatamente do que você disse, como disse, e a sua respiração ao dizer.
Você vai chegar lá. Nós vamos chegar lá!
quarta-feira, 18 de maio de 2011
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