THERE'S NOTHING YOU CAN MAKE THAT CAN'T BE MADE.

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sábado, 29 de agosto de 2009

Diálogo Rotineiro

Está brava?
Eu? Não. Deveria estar?
Não sei, talvez. Está chateada?
Talvez esteja.
Só por que eu não fiz o que me pediu?
Não. Isso é questão de consideração.
Ah, por favor. Você precisa se magoar com tão pouco?
Não é isso. Apenas cansei de ser insignificante!
Insignificante?
Exatamente.
Você não é 'insignificante'. Não pra mim!
Pra você principalmente.
Para com isso! Eu é que sou insignificante pra você. Se eu ao menos fosse como seus outros amigos...
Você só faz essas comparações para que eu diga que está errado! Você quer ouvir que está errado!
Não é isso!
Você está errado!, satisfeito?
Eu não consigo!
Não consegue o que?
Ter coragem o suficiente para te escrever algo. Não sei me expressar assim.
Você só entende o que quer entender!
Você é sentimentalista demais!
Não sou. A questão é simples: Você não se importa!
Está vendo? Sentimentalista e dramática!
Não estou sendo dramática!
Há, não?
Você consegue me tirar do sério!
Vai brigar comigo, agora?
Já estou brigando! Idiota!
O que eu posso fazer?
Não faça nada. Apenas haja como um ser humano normal, não como um robô programado.
Robô programado?
É. Você parece ter um chip de recarga rápida no cérebro! (risos)
Eu? (risos)
Exatamente. Eu estou tão cansada dessa falta de atenção. Eu preciso que você me pergunte se está tudo bem.
Tenho medo de chegar perto de você quando está sozinha.
Você não tem coragem nem pra isso!
Você poderia ficar brava!
Eu já estava brava, graças a você!
Viu? Por que eu pioraria a situação?
Não quero mais discutir isso!
Nem eu. Vai me desculpar?
Não.

Guilherme Lotto, eu juro ser fiel à sua falta de senso,
amá-lo, mesmo que tenha que desrespeitá-lo, durante todas as aulas de nossa noite;
até que a faculdade nos separe...

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Medo

Eu sei que antes o medo era maior, mas mesmo que seja quase imperceptível, ainda costuma voltar com intensidade se eu penso em consequências. O gosto da boca é sem igual, e eu sinto o aroma de longe. Ainda embebida em cada palavra, eu fujo buscando o resto dos sonhos que estagnei. Mas não me permito dormir se lembro que tudo um dia tem fim, assim como esse sentimento que me preenche a alma de uma sensação que nunca senti antes.

A felicidade que era irreconhecida agora é a mais pura das essências. E eu amo, ou voltei a amar. E não se trata de um príncipe encantado de conto de fadas, e sim de um garoto comum. Comum e inconstante, do mais incorreto descaso. E lhe gosto em cada frase, cada centímetro do corpo, cada arrepio preso à flor da pele, cada intuição abusiva.
Me custa deixar os velhos desejos soltos ao acaso, mas prefiro morrer por isto mais uma vez. Me sufocar em todo o sentimento passional, seja ele qual for, e me entregar como nunca, a tudo que eu sei pertencer somente à mim.

Eu sei que antes o medo era menor, mas mesmo que seja tão óbvio, ainda costuma se diluir se me vejo refletir nos seus olhos. E me salvo em todos os instantes se te levo sabendo que não vou te perder...pelo menos, não tão cedo.