Está brava?
Eu? Não. Deveria estar?
Não sei, talvez. Está chateada?
Talvez esteja.
Só por que eu não fiz o que me pediu?
Não. Isso é questão de consideração.
Ah, por favor. Você precisa se magoar com tão pouco?
Não é isso. Apenas cansei de ser insignificante!
Insignificante?
Exatamente.
Você não é 'insignificante'. Não pra mim!
Pra você principalmente.
Para com isso! Eu é que sou insignificante pra você. Se eu ao menos fosse como seus outros amigos...
Você só faz essas comparações para que eu diga que está errado! Você quer ouvir que está errado!
Não é isso!
Você está errado!, satisfeito?
Eu não consigo!
Não consegue o que?
Ter coragem o suficiente para te escrever algo. Não sei me expressar assim.
Você só entende o que quer entender!
Você é sentimentalista demais!
Não sou. A questão é simples: Você não se importa!
Está vendo? Sentimentalista e dramática!
Não estou sendo dramática!
Há, não?
Você consegue me tirar do sério!
Vai brigar comigo, agora?
Já estou brigando! Idiota!
O que eu posso fazer?
Não faça nada. Apenas haja como um ser humano normal, não como um robô programado.
Robô programado?
É. Você parece ter um chip de recarga rápida no cérebro! (risos)
Eu? (risos)
Exatamente. Eu estou tão cansada dessa falta de atenção. Eu preciso que você me pergunte se está tudo bem.
Tenho medo de chegar perto de você quando está sozinha.
Você não tem coragem nem pra isso!
Você poderia ficar brava!
Eu já estava brava, graças a você!
Viu? Por que eu pioraria a situação?
Não quero mais discutir isso!
Nem eu. Vai me desculpar?
Não.
Guilherme Lotto, eu juro ser fiel à sua falta de senso,
amá-lo, mesmo que tenha que desrespeitá-lo, durante todas as aulas de nossa noite;
até que a faculdade nos separe...